Construir relacionamentos saudáveis, compartilhar experiências, disseminar valores e aprimorar as trocas na vida em sociedade. Estes são apenas alguns dos inúmeros benefícios trazidos pela prática da Justiça Restaurativa e dos Círculos de Construção de Paz, quando aplicados no ambiente escolar.
Pensando nisso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por meio do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e o município de Rondonópolis lançaram o primeiro curso de formação de facilitadores de Círculos de Construção de Paz voltado exclusivamente para profissionais da área municipal de educação.
O lançamento foi realizado nesta segunda-feira (29 de abril), no auditório da Prefeitura de Rondonópolis com a presença do juiz coordenador do Cejusc, Wanderlei José dos Reis, do gestor geral do NugJur, Rauny Viana, de diretores, coordenadores e profissionais da área da educação, entre outros convidados.
Para o juiz Wanderlei José dos Reis, responsável pelas iniciativas da Justiça Restaurativa na área da educação, a expansão do projeto demonstra a repercussão benéfica que os círculos de paz têm alcançado perante a sociedade.
“Hoje nos reunimos para dar início à política pública que cresce cada dia mais em Rondonópolis e em todo Estado de Mato Grosso. A partir de agora, nossos esforços estarão concentrados em estruturar e aplicar a Justiça Restaurativa nas escolas municipais, incentivando a construção da paz e do diálogo entre os nossos alunos. Como costumo dizer, os círculos de construção de paz contribuem significativamente com o processo de ensino e aprendizagem. E a construção de todo esse processo, assim como fizemos para a formação de quase 100 facilitadores que atuam na rede estadual, é uma tarefa que nos enche de orgulho. A partir de agora, teremos nossos olhos focados nas nossas 46 escolas da rede municipal e no benefício de mais de 41 mil alunos da rede pública de Rondonópolis”, comemorou o juiz Wanderlei.
A secretária municipal de Educação, Tatiane Vieira Matos, destacou a importância social do trabalho realizado pelo Poder Judiciário juntos aos municípios. “Nessa primeira aula, tivemos a oportunidade de conhecer e entrar em contato com essa ferramenta tão incrível que são os círculos de paz, e que certamente se tornarão uma das ferramentas essenciais na construção de ambientes mais harmônicos e acolhedores. Saímos todos muito animados e preparados, crendo que essa ação formará pessoas preparadas para auxiliar na resolução de conflitos e no diálogo dentro do ambiente interno escolar”, assinalou Tatiane.
A abertura do novo curso teve início com a ‘Palestra de Sensibilização aos Profissionais da Educação’, também chamada de aula magna, ministrada pela assessora de Relações Institucionais do NugJur, Katiane Boschetti da Silveira. Na oportunidade foram apresentados os princípios e conceitos que envolvem as práticas da Justiça Restaurativa e dos Círculos de Construção de Paz no ambiente escolar.
“A aula magna com a rede municipal de educação reforça o desejo e a articulação entre os poderes na busca pela pacificação social, principalmente essa que pode e deve ser construída no espaço escolar, sendo o espaço escolar um potente espaço de mudança cultural e de toda uma comunidade. Foi um evento marcado pela presença dos diretores, dos professores, da secretária de educação e de outros membros da educação municipal que reforçam o compromisso da pasta em instituir a Justiça Restaurativa como política pública do município”, frisou Katiane.
Por meio da Lei n.º 12.975/2023, o Programa Municipal de Justiça Restaurativa foi instituído para a construção da paz e do diálogo em toda a rede municipal de ensino, fortalecido com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica n.º 010/2023, que firmou entre o NugJur, o Cejusc e o município de Rondonópolis as diretrizes necessárias para a implantação da política de paz nas 46 unidades de ensino, com a meta de beneficiar os mais de 21 mil alunos.
Fonte: Da Assessoria