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sábado, novembro 23, 2024

Rondonópolis em fase decisiva

“Apesar de serem grandes as chances do nome do novo, ou não tão novo assim, prefeito, a partir de 2017, estar neste editorial é sabido que política não é ciência exata e muito menos ainda a política feita em Rondonópolis“

As eleições municipais só ocorrem em outubro do ano que vem, mas as construções para possíveis cenários eleitorais, especialmente no que tange ao cargo de prefeito, já começam a vigorar no imaginário popular e principalmente na própria classe a cada dia que passa. O atual prefeito Percival Muniz (PPS), tido por muitos como o maior estrategista político de Mato Grosso, sabe que a fase é decisiva e conseguiu, enfim, destravar a máquina, que o deixou congelado em grandes ações em dois anos e com um considerável desgaste nas ruas. Agora deve entrar forte com as grandes obras que eram dele esperado quando eleito em 2012. Se o trabalho do gestor até o ano que vem será suficiente para fazer voltar o prestígio para a reeleição só o tempo dirá, aliás, o próprio Muniz evita o assunto agora e diz estar focado na gestão.
No entanto, não é só Percival que está se ‘mexendo’ e ex-prefeitos surgem como prováveis candidatos para o ano que vem. Um deles é o contestado José Carlos Junqueira de Araújo, o atual deputado estadual Zé do Pátio (SDD), que apesar de ter um reduto eleitoral invejável, sobretudo em meio a classe economicamente mais baixa da sociedade rondonopolitana, ainda tem manchas sobre si de uma administração pouco produtiva para a cidade de 2009 até quase metade de 2012, quando foi retirado do cargo por decisão judicial, após ter sido enquadrado em um crime eleitoral. Pátio realizou nos últimos dias uma audiência pública para falar sobre segurança e lotou as dependências de um conhecido hotel na cidade, mostrando que os seus ‘soldados’ continuam a postos e ao seu dispor para movimentar um grande número de adeptos a uma provável candidatura. O grande problema talvez seria angariar apoio político para massificar sua candidatura, já que não obtém boa relação com os caciques dos principais partidos da cidade.
A ideia da volta de um rosto conhecido para a chefia do Executivo também é materializada na figura do deputado federal Adílton Sachetti (PSB), que conseguiu votação expressiva na cidade para o cargo que atualmente ocupa, nas eleições de 2014, e é tido como alguém capaz de conduzir as coisas com mão de ferro e com serviços públicos de excelência. Pesa contra ele, no entanto, apesar de notadamente alguma mudança de conduta, o estereótipo de ser sério demais, o que o afasta dos ‘braços do povo’. Nos bastidores, comenta-se que o próprio Adilton já teria dito ‘não’ a uma possível candidatura, mas como em política tudo muda, um grande apelo popular poderia o acuá-lo neste sentido. Até mesmo a possibilidade de se ‘vingar’ de Pátio, depois da derrota de 2008, pode atrair Sachetti para a disputa.
Outro nome que surge é o do Ondonir Bortolini, o também deputado estadual ‘Nininho’ (PR), que assim como o correligionário Wellington Fagundes (PR), nutre o sonho de ser o prefeito de Rondonópolis. O que talvez tenha ‘freado’ as pretensões do republicano tenha sido a votação conseguida na cidade nas eleições do ano passado, que acabaram sendo proporcionalmente bem abaixo do tamanho da estrutura de sua campanha, visivelmente a mais requintada da cidade na oportunidade. O nome de Hermíno J. Barreto, do mesmo partido, também figura como provável candidato, mas esbarra na rejeição de alguns setores e no próprio mau momento político de Barreto, que naufragou no projeto de se tornar deputado federal no pleito de 2012. Também fora da cena política atualmente, o ex-prefeito Ananias Filho (PR) surge como um possível franco atirador na disputa, mas segundo alguns de seus próprios aliados, sua candidatura tem poucas chances de ocorrer.
Todo dia também surgem especulações sobre um novo nome da disputa. Alguém que nunca tenha tido um cargo político eletivo, um empresário talvez, que venha diretamente do meio da sociedade com o discurso de ‘renovar’ a política. Esta possibilidade, porém, se apequena quando se pensa que talvez nenhum dos nomes ventilados tenha sido devidamente trabalhado no tempo suficiente para entrar na cabeça do eleitor e até o ano que vem se tenha pouco espaço publicitário para isso. A dita ‘renovação’ também poderia passar pela candidatura de um dos 21 vereadores que têm cargo na legislatura atual. Vários, inclusive, não escondem vontade para encarar o desafio. Apesar de serem grandes as chances do nome do novo, ou não tão novo assim, prefeito, a partir de 2017, estar neste editorial é sabido que política não é ciência exata e muito menos ainda a política feita em Rondonópolis.

Da Redação

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