Sanear adota medidas emergenciais para reduzir impactos da estiagem

Equipes do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis fazem a troca de uma bomba na Estação de Captação de Água, localizada no bairro Colina Verde, desde a manhã de hoje. A troca vem como medida emergencial para aumentar a vazão que segue para a Estação de Tratamento de Água.
Em função da estiagem, comum nessa época do ano, o volume de água no Rio Vermelho diminui, principalmente por causa dos bancos de areia que se formam dificultando a captação. De acordo com o engenheiro do Sanear, Edvaldo Ferreira da Silva, a troca deve ser finalizada ainda hoje.
“Em seguida, faremos a limpeza e drenagem nas proximidades da Estação de Captação para diminuir os ‘bancos’ de areia que se formaram ali. A maior dificuldade é que esses ‘bancos’ ficam bem na entrada da água, próximos aos equipamentos, e por isso a diminuição da vazão é tão impactante”, explica o engenheiro.
Ainda segundo ele, nessa época do ano é comum a queima de equipamentos, já que por causa do volume de areia a capacidade exigida é maior e muitas vezes as máquinas não suportam. “Por isso, estamos em alerta constante, em todos os reservatórios e nas estações, para que a manutenção seja feita o mais rápido possível e a população não seja prejudicada”.
A falta de água é sentida em diversos pontos da cidade, em especial nas regiões mais altas, no entanto, com a manutenção dos 35 poços artesianos existentes em Rondonópolis, o Sanear pede cautela da população, já que será necessário o racionamento de água por pelo menos 15 dias.
“Esses poços contribuem muito, pois são responsáveis pela vazão de quase 900 mil m³ de água. Agora, é importante lembrar que a Estação ainda é a maior fonte de abastecimento em Rondonópolis e hoje estamos trabalhando com a metade da capacidade, por causa dessa estiagem”, explica o diretor-técnico do Sanear, Marcos Brumatti.
A capacidade atual da ETA é de 400 litros de água/segundo, mas têm sido registrados nos últimos três dias, em função da estiagem, a metade, ou seja, 200 litros/segundo. De acordo com o diretor-geral do Sanear, Themis Oliveira, a falta de ampliação da rede de água nos últimos anos também contribui para a dificuldade no abastecimento enfrentada hoje.
“É importante frisar que a população vem sofrendo há anos com esse problema no abastecimento, para se ter uma ideia, hoje a cidade produz 740 litros de água tratada, por segundo, insuficientes para atender a demanda que chega a 912 litros, por segundo. Até outubro nós vamos entregar mais um poço e um reservatório com capacidade de 2.600 mil litros de água. E ainda acertamos uma parceria com o Ministério das Cidades para a perfuração de dois poços profundos com capacidade para produzir 120 litros de água por segundo”, afirma o diretor-geral do Sanear.
Ele lembra que também está sendo negociada, com as empreiteiras, a retomada das obras dos reservatórios da região do bairro Cidade Alta e do antigo aeroporto.