Desemprego recua a 11,6% no trimestre, mas rendimento real é menor da série

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,6% no trimestre encerrado em novembro, uma redução de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (13,1%). É a menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em janeiro de 2020 (11,2%). Apesar do recuo, o rendimento real dos trabalhadores caiu. A queda é de 4,5% frente ao trimestre anterior, para R$ 2.444. É o menor rendimento da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciada em 2012.
Isso significa que, apesar de haver um aumento expressivo na ocupação, as pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que influencia na queda do rendimento real recebido pelos trabalhadores.Coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada hoje. O crescimento do emprego no trimestre encerrado em novembro foi puxado pelo comércio e reflete o maior número de vagas abertas no fim de ano. O Brasil ainda soma 12,4 milhões de pessoas na fila por trabalho. O número representa queda de 10,6% (menos 1,5 milhão de pessoas sem emprego).
Metodologia A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de 2.000 entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal. Por causa da pandemia, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020.
Fonte: UOL