Renato Ferreira da Silva, o “Renato Bala” despertou para a comunicação, já na infância, tinha uma vida tranquila em Guiratinga, onde passou parte da infância. Eram contatos intensos com a natureza especialmente as margens do Rio Garças. O jovem cresceu ouvindo rádio, aos poucos foi se apaixonando pela música sertaneja e pelos programas. Essa paixão se transformando num grande amor pela comunicação. Hoje o apresentador ganha em cada edição do programa Modernos e Caipiras altos índices de audiência, tanto na televisão como no rádio.
Folha Regional; Como foram os seus primeiros passos durante a infância na convivência com os seus familiares, qual a sua naturalidade?
Renato Bala; Eu sou natural de Guiratinga cidade da nossa região sul mato-grossense, meus pais João Pereira da Silva e Nadir Ferreira da Silva trabalhavam na zona rural com garimpagem e criação de gado. Então, nasci na zona rural onde fiquei até aos 8 anos de idade convivi com os meus irmãos Vera Lucia, Reinaldo, Lucia Helena e Roberto. Uma convivência maravilhosa, a nossa infância foi muito feliz e proveitosa, o grande contato com a natureza certamente nos deu sensibilidade para o gosto da música. Posteriormente os meus pais decidiram mudar para Rondonópolis.
JFR; Como surgiu o apelido Renato Bala, e quais os motivos da mudança para a cidade de Rondon?
Renato Bala; Eu não sei por que surgiu esse apelido Bala, mas fato é que eu jogava bola, eu era um péssimo jogador, talvez porque eu corresse muito. O pseudônimo Renato Bala surgiu espontaneamente todos na infância assim me chamavam. Quanto aos meus pais, eles chegaram nesta cidade no dia 05 de janeiro de 1970. Eles tinham estabilidade nos negócios, e naquela ocasião sentiram que em Rondonópolis poderiam dar muito mais conforto e atenção aos filhos sobre tudo no setor da saúde, e da educação.
JFR; Com a mudança de cidade como ficou a profissão dos seus pais, de que forma a família se adaptou?
Renato Bala; Meus pais tinham uma visão comercial maior nos negócios e aqui em Rondonópolis passaram a ser feirantes na Praça dos Carreiros. Fui incentivado por eles na escola e no trabalho, comecei a trabalhar na infância. Fui engraxate, vendedor de picolé e vendedor de pastel. Estudei nas escolas Emmanoel Pinheiro e EEMOP, após concluir o ensino médio e o fundamental fui para São Paulo, mais especificamente para a cidade de São Manoel onde cursei o Técnico em Agropecuária na Escola Sebastiana de Barros no período de 1976 a 1978. Trabalhei nessa profissão apenas por um ano.
JFR; Você tem ainda um vasto currículo de trabalho, e é formado em jornalismo mas como foi o seu inicio na televisão e no rádio?
Renato Bala; A minha paixão pela música sempre foi muito grande, e aos poucos fui despertando também o interesse pelo jornalismo. Em 2006 prestei vestibular para comunicação social, no período de 2007 a 2010 fiz o curso de jornalismo pela FACER. Mas continuei com o rádio e a TV um programa musical no gênero sertanejo.
JFR; Como foram os primeiros passos no rádio e na TV ?
Renato Bala; O primeiro contato foi com a TV Rondon onde começamos o programa Domingo Sertanejo, que depois de algum tempo por sugestão do meu filho e parceiro Renner Puebla mudou para Viola de Ouro Modernos e Caipiras. Atuamos por um período também na Rádio Clube de Rondonópolis, onde tive um grande apoio do querido amigo Vitor Santos. Atualmente o programa Modernos e Caipiras está sendo apresentado pela rádio Mega FM aos domingos das 08;00 as 10;00hs.
JFR; Como você vê as modificações, as inovações enfim os novos estilos que estão pairando sobre a música sertaneja?
Renato Bala; A questão evolutiva da música, na minha opinião é mais na parte técnica instrumental, que utiliza grandemente os equipamentos eletrônicos. O sertanejo universitário é o estilo do momento porque é altamente comercializado através da mídia. O sertanejo raiz tem letra tem poesia, hoje os novos estilos marcam a melodia apenas com a sonoridade da voz, ou seja são letras de pouco conteúdo ou as vezes de nenhum sentido.
JFR; Como fica a juventude diante dessas mudanças ?
Renato Bala; Certamente há uma manipulação que acaba impondo o gosto musical, principalmente através de repetidos refrões. Não quero dizer com isso que desrespeitamos os demais estilos, nós gostamos de Fank, Rock, MPB, Seresta. Como exemplo de mudança estrutural cito aqui a dupla João Carreiro e Capataz começou na viola e teve que mudar o seu estilo dos arranjos pela questão comercialização da mídia. Na TV tocamos de tudo, todos os estilos, já no rádio só música raiz.
JFR; Qual a sua expectativa para 2014 ?
Renato Bala; Para 2014 espero que a Secretaria de Cultura olhe para os artistas da terra, e nós estamos a disposição com o nosso programa Viola de Ouro Modernos e Caipiras, e apresentamos como sugestão, que o mesmo seja gravado no Casario para posterior apresentação na TV. Parabenizamos o Prefeito Percival Muniz, o Vice Rogério e a Câmara Municipal de Rondonópolis pela oficialização e apoio a Secretaria de Cultura.Desejamos que o Secretário de Cultura Luciano Carneiro tenha muito êxito nos seus projetos. Espero que 2014 seja excelente para a classe artística.
JFR; Como você vê a cidade de Rondonópolis chegando nos seus 60 anos?
Renato Bala; A nossa cidade cresce a cada dia, e um tanto quanto desordenada, o progresso certamente está trazendo e vai trazer novas industrias, e com elas novos cursos técnicos profissionalizantes preparando os nossos jovens para atuar em diversas funções. O prefeito Percival Muniz e a Câmara Municipal merecem a nossa consideração e os nossos votos de confiança.
JFR; Agradecemos pela entrevista, desejamos sucesso crescente ao apresentador Renato Bala, seu filho Renner Puebla e toda a sua equipe.