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sábado, novembro 23, 2024

Reflexões de primeiro de maio

Na semana que passou foi comemorado em quase todos os países do planeta, o primeiro de maio, data histórica que marca o Dia do Trabalhador. No Brasil, como não poderia deixar de ser, não foi diferente.
No entanto, o primeiro de maio cabe uma reflexão, principalmente para o trabalhador assalariado brasileiro, pois estamos vendo um crescimento gigantesco do desemprego e vendo a informalidade ganhar espaço e com uma diminuição de ganhos nos últimos anos.
Para se ter uma ideia, o último levantamento do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil, está na casa de 12,7% e atinge aproximadamente 13,4 milhões de brasileiros, um número considerado altíssimo.
Somando-se ao chamado trabalhador subutilizado o número supera a casa dos 28 milhões de pessoas. Esse grupo é composto por desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
Vale destacar o que assusta é o fato destes números saírem já após mais um ano da aprovação da reforma trabalhista, ainda no Governo Temer. O mote para aprovar a referida reforma era somente um, que com ela (aprovada) as chances de emprego e o mercado de trabalho no Brasil, cresceria graças a flexibilização das regras.
Mas, pelo que estamos vendo, o propalado crescimento do mercado do trabalho, pelo menos, por enquanto, ficou apenas no discurso e não motivou de forma alguma, o empresariado investir e aumentar o número de contratações, o que ocorreu foi justamente ao contrário.
Outro assunto que gera reflexão, neste quadro, é outra reforma que está no foco do debate, a chamada reforma da previdência, que prevê novas regras para aposentadorias no Brasil.
A princípio sabemos que da forma que está a previdência no nosso país não vai sobreviver com o passar dos anos, mas precisamos entender qual é a dose do medicamento que será aplicado; pois se houver exageros podemos sim, termos perdas irreparáveis para o contribuinte.
O que de fato somos obrigados a concordar que é preciso sim, acabar com alguns privilégios, principalmente da classe política e aumentar as taxações de quem ganha muito e aos poucos tornar a previdência mais justa.
Entretanto, o que não pode é vermos o que aconteceu com a reforma trabalhista que na teoria foi de uma forma e na prática, outra totalmente diferente. Vamos torcer que desta vez, o trabalhador ao menos não saia perdendo, se isso ocorrer está de bom tamanho.

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