O Brasil vive um momento crucial na sua história e que nos fazem refletir sobre os poderes, seus papeis e os resultados de trabalho de cada um.
Nas devidas proporções a relação entre poderes no Brasil, neste momento de crise política, lembra um pouco a poesia Quadrilha do gênio Carlos Drummont de Andrade, que diz assim: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história”.
Na verdade, o Poder Executivo reclama do Judiciário, que reclama do Executivo, que também reclama do Legislativo e vice-versa e no somatório das ações reclamam todos do quarto poder, que é a grande imprensa.
O problema é que hoje os poderes em todas as esferas estão sendo muito mais questionado pela sociedade e por eles próprios publicamente.
Uma decisão do Judiciário, que atinge o Executivo, por exemplo, gera críticas públicas, como é o caso de que estamos vendo dos questionamentos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula em razão das últimas decisões do juiz federal Sérgio Moro, ou das decisões liminares sobre a posse de Lula no Ministério da Casa Civil.
O Judiciário tem reagido às críticas e essa questão passou a ser tema de discussão acaloradas dentro da esfera jurídica, até mesmo o vazamento dos grampos de Lula e Dilma viraram temas de debates sobre a legalidade ou a ilegalidade da referida divulgação.
No Legislativo a troca de farpas também ocorre tanto contra o Judiciário e principalmente com o Executivo, onde vemos bate-bocas diários pelos jornais, revistas, sites, tvs e rádios do país.
A imprensa, o chamado quarto poder, também entre nesse foco cruzado, dependendo de como e quem atinge em uma publicação dos poderes.
Como vivemos em uma democracia, a independência dos poderes é fundamental para a manutenção do nosso chamado estado democrático, por outro lado, o que não pode e nem deve existir de forma alguma é a intromissão entre os poderes, isso sim, seria um crime contra a democracia.
O Judiciário deve tomar suas decisões sem interferência do Executivo, que deve trabalhar sem a interferência do Legislativo e a imprensa, essa sim, deve divulgar as informações de forma clara, limpa, e principalmente ética.
Seguindo dessa forma quem ganha é a democracia e o povo brasileiro, do contrário, o prejuízo pode se tornar incalculável.