O anúncio do governo federal, na última quinta-feira, em que a meta arrecadatória do país ficou abaixo do planejado pelo Ministério da Fazenda, é algo para se preocupar, não pela queda de arrecadação e sim pelo remédio escolhido para amenizar ou reverter o problema. O governo resolveu agir como aquele fazendeiro onde vê uma das suas vacas com problema, ao invés de resolver o problema com medicação, o fazendeiro resolve dar um tiro no local do problema, matando a vaca e em tese resolvendo o que incomodava o animal, mas perdendo uma parcela importante do rebanho. A medida, a grosso modo, é quase igual aquela história de matar a galinha dos ovos de ouro. Na verdade vendo a meta arrecadatória cair, a decisão do governo, no primeiro momento foi aumentar os impostos, na verdade o imposto pago sobre o combustível, principalmente sobre a gasolina, e isso vai representar o aumento no valor pago na bomba pelo cidadão, podendo chegar a R$ 0,41 por litro, o que de fato prejudica a parcela da população que paga os impostos em dia. Na verdade, o cidadão já não está aguentando a pagar imposto, a prova disso foi a queda na arrecadação e a ideia de turbinar ainda mais o imposto, principalmente na gasolina, pode não representar a esperança de atingir a meta de arrecadação, e sim quebrar o povo brasileiro, matando de vez quem ajuda o país a produzir e arrecadar. A principal saída ainda é cortar gastos desnecessários por parte da máquina administrativa, está certo que o Governo ao anunciar o aumento do imposto sobre o combustível destacou que iria cortar gastos, mas está claro que é possível cortar mais e economizar mais sem penalizar o cidadão, que na verdade é quem garante os recursos para o pagamento dos impostos. Há setores que gastam além de cota, o Governo, por exemplo, mantém uma frota considerável de carros, muitos deles de luxo, que poderia ir a leilão e os recursos seriam usados para manter a meta fiscal. Há contratos dos mais diversos tipos com hotéis e restaurantes de luxo para atender ministros e detentores de cargos do mais alto escalão. Para completar o certo é nesse momento diminuir os gastos com os demais poderes, tanto o legislativo como o judiciário brasileiro são caríssimos em termos de manutenção e investimentos. Está na hora de cortar gastos em todas as esferas e não somente se concentrar em aumentar a base arrecadatória do Brasil se concentrando em aumentar os impostos e penalizar quem mais contribui para o desenvolvimento deste país que é o povo brasileiro. A hora de cortar na própria carne é agora e se deixar para depois pode ser tarde demais, pois daqui a pouco, a população será obrigada a trabalhar única e exclusivamente para pagar impostos.