Uma queimada de grande proporção assustou os moradores do residencial Paiaguás e afetou a qualidade do ar em toda a região no início da noite desta quinta-feira (28). Há a suspeita de que o fogo tenha sido provocado de forma intencional. O Corpo de Bombeiros foi acionado e agora a pouco informou que conseguiu controlar as chamas.
Segundo informações prestadas por moradores o fogo começou no fim da tarde e foi ateado por uma senhora. Ela chegou a ser gravada em alguns vídeos admitindo o crime. Nas imagens ela parece estar embriagada e ter distúrbios mentais.
A reportagem manteve contato com o 1º Tenente George Castro, do Batalhão de Bombeiros em Rondonópolis, e ele confirmou as informações.
“A senhora estava em surto e foi atendida por uma equipe do Samu, sendo levada na sequência para atendimentos na UPA”, disse.
O fogo se espalhou rapidamente e a fumaça cobriu os bairros vizinhos. Moradores relataram momentos de terror nos residenciais Paiaguás e Melchíades Figueiredo.
“A gente mal conseguia respirar. Temos crianças e ficamos com medo que o fogo chegasse em casa. Foi assustador”, disse um morador à reportagem do RegionalMT.
COMBATE
Conforme o oficial do Corpo de Bombeiros, o combate ao fogo começou por volta das 18 horas e exigiu o empenho de todas as equipes que estavam de serviço.
‘Inicialmente enviamos a caminhonete adaptada para combate rápido a incêndio, mas foi preciso reforços. O fogo seguiu mata adentro e só foi controlado após a intervenção de três equipes e horas de serviço’, explicou o Tenente George.
Além da caminhonete de combate rápido a incêndio, os bombeiros utilizaram o Caminhão Autotanque (AT) e o veículo Auto Bomba Tanque (ABT). Junto aos métodos indiretos, como aceiro e o fogo-contra-fogo, a equipe lançou mais de 20 mil litros de água para conter as chamas (veja vídeo abaixo).
Até o momento não há registro de feridos e nem cálculo dos danos materiais e ambientais.
Atear fogo de forma intencional em matas ou florestas é crime e pode resultar em pena de dois a quatro anos de reclusão e multa. Porém a pena pode não ser aplicada caso se confirme que a responsável estava mesmo em surto psicótico.
Eduardo Ramos – Da Redação
