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sexta-feira, novembro 22, 2024

Que Deus proteja o Brasil

Estamos há menos de um ano de mais uma eleição para escolha do novo presidente da república, do ponto de vista político, estaremos diante, talvez do maior embate, entre a direita e a esquerda da história moderna do país. Pelo andar da carruagem tudo indica que teremos uma eleição pesadíssima, sob a ótica do discurso ideológico. Essa eleição deve ser a mais antagônica da história do país e por isso, não deixa de ser preocupante. Pois, os próprios nomes que estão colocados para a disputa só deixam duas alternativas ao brasileiro: votar em Jair Bolsonaro, o representante da direita ou em Luiz Inácio Lula da Silva, o da esquerda. Não existe e não vai existir a chamada terceira via ou um candidato menos extremado em termos de ideologia. Parece, por essa ótica, que estamos em um ringue de boxe e teremos uma luta entre os dois gigantes, sem possibilidade de empate.

Bem ao estilo do filme de Van Damme, a luta só vai terminar quando um dos dois pedirem clemência. O problema é que esse tipo de eleição deixa marcas que dificilmente serão cicatrizadas com o passar dos anos. A tendência é que terminado o processo eleitoral vamos continuar, neste clima de Fla-Flu. Portanto, a pauta que interessa, no pós-disputa, que é um Brasil melhor, ficará em segundo plano e as discussões vão permanecer em torno da esquerda e da direita, de quem é melhor ou pior, ou quem foi melhor ou pior para o nosso país. O que chama a atenção é que da forma que está posta a disputa, as propostas e até mesmo os projetos para o país, estarão todos em segundo ou terceiro plano.

O foco será descredenciar o candidato da direita ou da esquerda. Por esse olhar, infelizmente, não vai ganhar o candidato com a melhor proposta para o país e sim, o que for menos pior para a esquerda ou para a direita. A falta de alternativas de votos, vai levar o eleitor a votar não no candidato que ele quer e sim no que pode derrotar a ideologia, a qual ele é contrário. No entanto, esse tipo de escolha (no menos pior) pode ter consequências terríveis para o Brasil e para o nosso futuro democrático. O que nos resta neste momento é apenas dizer: “Que Deus proteja o Brasil e que a escolha do nosso povo seja ao menos justa”.

Da Redação 

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