Pátio defende Hospital Municipal em reunião com Silval Barbosa

A construção do Hospital Municipal de Rondonópolis é a solução para o setor de saúde pública da cidade pólo da região sul do Estado, principalmente com relação ao atendimento de urgência e emergência, a demanda de cirurgias eletivas e as consequentes internações. Esta é a proposta defendida pelo prefeito José Carlos do Pátio na reunião com o vice-governador Silval Barbosa; o secretário de Saúde de Mato Grosso, Augostinho Moro, deputados, vereadores e equipe técnica, na manhã desta segunda-feira, dia 8 de junho. O interesse é conquistar o apoio do governo estadual para ampliar o Pronto Atendimento (PA) e garantir assistência médica para a população mais humilde.
O apoio para a construção do hospital faz parte da pauta de reivindicação com 16 itens, apresentada pelo secretário de Saúde do Município, Valdecir Feltrin. Pátio afirma que já encaminhou o processo de desapropriação da área anexa ao PA, pelo valor de R$ 500 mil. A expectativa agora é que o Governo do Estado ofereça ajuda financeira para a construção da unidade. Silval Barbosa acredita que é possível atender parte das reivindicações para solucionar os problemas da cidade e assegurar serviço de saúde pública para a população.
O tema foi alvo de uma segunda discussão, desta vez entre as equipes técnicas do Estado e do Município, ao longo da tarde. Com a construção do hospital, Pátio acredita que vai conseguir assegurar o atendimento médico-hospitalar para a população e diminuir a fila de espera pelas cirurgias eletivas, além de trazer para a esfera municipal o Pronto Atendimento Infantil que funciona junto ao Hospital Regional.
Pátio e Feltrin lembram que tentaram resolver o problema com a requisição da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade. Mas, a proposta se transformou numa demanda judicial e o município saiu perdendo. Agora o prefeito decidiu deixar de participar do Consórcio Intermunicipal de Saúde. Pátio considera que a cidade vivia uma situação de injustiça, por arcar com mais de 50% dos recursos dentro do consórcio, sem o direito de fazer a gestão e ao menos fiscalizar a aplicação do dinheiro. Feltrin conta que nunca conseguiu ter acesso às informações gerais sobre a utilização dos recursos.
Diante da decisão, Silval Barbosa e o deputado federal Wellington Fagundes montaram uma comitiva de deputados estaduais, vereadores e profissionais da Secretaria de Saúde do Estado, para se reunir com o prefeito e buscar solução para o impasse. Barbosa começou a reunião elogiando o ritmo acelerado da administração conduzida por Pátio e justificando que o interesse do Governador Blairo Maggi é incluir Rondonópolis no contexto de desenvolvimento que vai preparar Mato Grosso para receber os jogos da Copa de 2014, inclusive na área de saúde pública. Augustinho Moro aponta a necessidade de alinhar as ações.
O deputado estadual Percival Municipal defende a tese que o consórcio deve ser gerenciado pelo prefeito da cidade pólo, já que está mais próximo do sistema e é quem mais paga pelos serviços de saúde disponibilizados pela parceria. Outra proposta defendida pelo ex-prefeito Muniz é que o município passe a administrar o Hospital Regional Irmã Elza Giovanella e as lideranças políticas unam forças em prol do projeto de ampliar a estrutura e o atendimento em saúde na região.
O deputado Hermínio Barreto alerta para a necessidade de união em prol da saúde pública. “Quem vai ter a vitória é a população de Rondonópolis”, afirma. Sebastião Rezende que também integra a bancada da região na Assembléia Legislativa reforça a tese de que é necessária a união de todos em prol de Rondonópolis e da saúde pública que é considerada uma questão delicada. O chefe de gabinete do Palácio Paiaguás, José Márcio Guedes, trouxe a mensagem do governador Blairo Maggi que se coloca à disposição do município.
O presidente da Câmara de Vereadores e diretor da Santa Casa, Hélio Pichioni, considera importante que Rondonópolis continue participando do consórcio e afirma que está aberto para fazer gestão compartilhada com a prefeitura, com representante do Executivo dentro do hospital para fazer a gestão dos recursos públicos. A afirmação é em resposta a questionamento do deputado Hermínio Barreto, durante discussão mais acirrada na reunião.
O deputado federal Wellington Fagundes avalia que a solução do problema na área de saúde pública depende da evolução da maturidade política e da conversa para definir a parceria no setor.
Pátio cita a série de investimentos feitos na área de saúde. Ele cita o aumento de recursos repassados ao Hospital Psiquiátrico Paulo de Tarso, Centro de Nefrologia, além dos recursos para a Santa Casa e para a área de obstetrícia do hospital, implantação do Centro de Imagem e o mutirão para realização de cirurgias de cataratas. Foram realizadas quase 600 cirurgias dentro do PA, num prazo de cinco semanas, graças à parceria do Hospital de Olhos de Cuiabá. Outra ação destacada pelo prefeito é o mutirão de limpeza nas diversas regiões da cidade para combater a dengue e leishmaniose. O resultado confirmado é a baixa incidência no município. São 680 notificações de dengue em Rondonópolis, contra mais de 12 mil em Cuiabá e Várzea Grande.
O retorno de Rondonópolis ao consórcio, define o prefeito, só aconteceria se o município passasse a fazer a gestão dos recursos públicos que representa cerca de 57% da verba total. “Não temos como continuar desse jeito. O consórcio é uma caixa preta. Não temos informações. Preciso muito de todos vocês (governo estadual e parlamentares)”, disse.
Silval Barbosa que recebeu a pauta de reivindicações do município, acredita que é possível atender no curto prazo pontos essenciais. Com relação à aquisição de equipamentos e ampliação, que demanda maiores investimentos, o governo acredita que seja necessária uma parceria maior, envolvendo até mesmo o governo federal. “Me comprometo com o prefeito e os vereadores a encaminhar esta pauta. Rondonópolis passa por um momento importante porque com a Copa o investimento virá. A cidade é um pólo alvo de muitas indústrias e a saúde é fundamental. Me coloco à disposição da pauta de trabalho em todos os ítens”, garante. O vice-governador já avalia até a necessidade de construir outra unidade hospitalar, depois de ampliar o PA.
As equipes técnicas do Estado e do Município se reuniram depois para traçar o planejamento e definir o projeto. Pátio defende que é necessário primeiro resolver a questão de urgência e emergência com a ampliação e reforma do PA. A expectativa é que o governo assegure os recursos para começar a obra.
ASCOM

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