Participação em sete eventos, 25 mil peças vendidas, 3.702 artesãos beneficiados e mais de R$ 315 mil negociados. Estes são os resultados obtidos nos seis primeiros meses de 2010 pelos integrantes do programa do Artesanato Mato-grossense. Este projeto é desenvolvido pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e o objetivo é transformar os artesãos em empreendedores. “É isso que vem acontecendo nos últimos anos”, revela a coordenadora Elvira Maria Costa Leite.
Os artesãos vinculados ao Programa participaram de eventos em municípios mato-grossenses, em São Paulo (SP) e em Recife (PE) neste primeiro semestre. Estes profissionais também fizeram vários cursos de qualificação, especialmente, para apreender a gerir o negócio e torná-lo rentável. “A ideia é qualificar os profissionais e ensiná-los a arte do empreendedorismo”, ressalta o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf.
Com mal de Parkinson, o aposentado Hélio Rodrigues, de 58 anos, descobriu no artesanato uma forma de complementar a renda e uma terapia para amenizar os sintomas da doença. “Desde que comecei a trabalhar nesta área encontrei, de novo, a alegria de viver”. Hélio com mais nove artesãos de Pontes e Lacerda confeccionam gamelas, pilão, frutas, canecas e outros objetos de madeira.
Em Mato Grosso, há pelo menos 30 mil artesãos, mas somente cerca de dez mil estão cadastrados no Programa do Artesanato Mato-grossense. Caetano Ribeiro dos Santos, de 85 anos, é um deles. Aprendeu a fabricar viola de cocho aos 14 anos e, atualmente, viaja o Brasil inteiro mostrando e ensinando sua arte e um pouco da cultura mato-grossense.
De acordo com Nadaf, a participação dos artesãos neste programa é fundamental para garantir a presença do artesanato mato-grossense nos eventos nacionais. A participação destes profissionais em eventos nacionais e internacionais contribui para a troca de experiências e aumento de conhecimento. “É durante as exposições que os profissionais divulgam e mostram a produção. Além disso, eles também trocam experiência e conhecem casos de sucesso que acontecem em outros Estados Brasileiros”, ressalta Nadaf.
fONTE:sicme/MT