Os produtores de Mato Grosso têm investido em culturas alternativas para a segunda safra de grãos, a safrinha. Além do milho e do algodão, as lavouras que estão ganhando espaço no estado são de girassol e feijão. A escolha pela cultura depende da valorização do preço do produto no mercado.
No Norte do estado, por exemplo, a produção do feijão em cordas, principalmente a variedade caupi, tem ganhado a preferência do agricultor. É o caso do produtor Edson Tal Molin, de Sorriso, que plantou 500 hectares de feijão caupi na última safra, mas já planeja aumentar para 2,3 milhões de hectares na temporada seguinte.
O produtor explica que o preço do produto chega a R$ 50 a saca de 60 quilos. A alternativa é apostar no feijão carioca, que é a variedade mais conhecida pelos consumidores e cujo preço da saca oscila entre R$ 90 e R$ 100. Molin conta que a produção mato-grossense é muito bem aceita nos estados do Nordeste, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e até nos países do Oriente Médio.
O último levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-MT) aponta que a produção de feijão aumentou 112,4% entre a Safra 09/10 e 10/11, passando de, respectivamente, 120,9 mil toneladas para 256,8 mil toneladas. O tamanho da área também aumentou, de 103,8 mil hectares para 230,1 mil hectares. Uma diferença de 121,7%.
Mas o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, lembra que outras culturas também merecem destaque, como é caso do girassol, cuja produção é considerada a maior do país com 51,3 mil toneladas. De acordo com a Conab, o volume representa aumento de 23% na produção registrada na safra 10/11 que chegou a 41,7 mil toneladas.
Fonte: FAMATO