Relatório rastreia cinco culturas que podem gerar combustível
Ainda é muito pequena a quantidade de combustível produzida com o óleo de algodão. Não apenas porque o preço do caroço subiu demais, mas também porque a indústria de óleos vegetais e fabricantes de ração disputam o caroço no mercado com os produtores de biodiesel.
Entre os impactos verificados estão o desmatamento do Cerrado, a contaminação ambiental decorrente do uso massivo de agrotóxicos e a ocorrência de trabalho escravo. No Mato Grosso, há problemas em pelo menos três áreas de avanço da cotonicultura: "Sapezal/Campos de Júlio", "Nascentes do Juruena" e "Terra do Papagaio". No Oeste baiano, São Desidério (BA) é o município com maior área plantada de algodão no país (132,4 mil hectares), e Barreiras mantém o quarto posto, com 48,9 mil hectares. As preocupações no Cerrado baiano se concentram nas bacias dos rios Corrente e Grande, em função do uso irregular dos recursos hídricos, da contaminação por agroquímicos, da grilagem de terras e da concentração fundiária.
Em relação às contaminações por agrotóxicos, teme-se por possíveis conseqüências ao Pantanal, pois 60% das plantações brasileiras de algodão estão no Centro-Oeste. Quanto ao trabalho escravo, nove fazendas de algodão entraram para a "lista suja" desde a criação da mesma, em 2003. Atualmente, cinco continuam no cadastro de infratores, entre elas duas no Mato Grosso (fazendas Brasília, em Alto Graças, e Maringá, em Novo São Joaquim), duas na Bahia (fazendas Guará do Meio, em Correntina, e Correntina, em Jaborandi) e uma no Piauí (fazenda Perímetro Irrigado da Gurguéia, em Alvorada do Gurguéia). No total, 431 trabalhadores foram libertados da condição de escravidão nas áreas algodoeiras.
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