Prefeitura faz ato em praça pública de combate à hanseníase
O projeto do prefeito José Carlos Junqueira de Araújo, o Zé Carlos do Pátio, de priorizar as ações de saúde preventiva na administração local, começa a ser desenvolvido pela equipe da Secretaria de Saúde do Município. A campanha de combate à hanseníase, nesta segunda-feira (26) marca o início das atividades em praça pública para atingir toda a comunidade. A chefe do Departamento de Ações Programáticas, vereadora Mariuva Valentim Chaves, explica que o ato na Praça Brasil acontece no dia mundial de combate à doença que atingiu alto índice entre as crianças abaixo de 15 anos, em Rondonópolis, no ano passado. Os levantamentos da Secretaria mostram que foram registrados 202 casos da doença na cidade, em 2008. Entre esses, 19 casos são crianças de até 15 anos.
Mariuva Valentim chama a atenção da comunidade de que todo casos de hanseníase tem cura e a população conta com tratamento gratuito. Mas, alerta que o tratamento é eficiente e a cura pode acontecer rapidamente quando a doença é detectada mais cedo. “Nossa campanha é para incentivar a comunidade a fazer o teste de suspeição da hanseníase e detectar a doença mais cedo. Precisamos nos conscientizar que Mato Grosso é um Estado endêmico e Rondonópolis também é um Município endêmico”, alerta.
Outro alerta feito por Mariuva Valentim é que as pessoas em tratamento da hanseníase podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade. Ela explica que a hanseníase é uma doença que atinge a pelo e os nervos dos braços, das mãos, das pernas, dos pés, do rosto, das orelhas, dos olhos e do nariz. Mas, os sintomas da doença demoram a aparecer. Pode variar de dois até dez anos. Por isso, é fundamental que as pessoas com qualquer suspeita da doença, procurem uma unidade de saúde para se submeter aos testes de suspeição e ser encaminhado para os exames necessários, caso confirme a suspeita.
O tratamento da hanseníase é gratuito e pode durar entre seis meses e um ano. A hanseníase é transmitida pelo ar que respiramos, tosse e espirro. A transmissão acontece principalmente quando a pessoa com a doença ainda não recebeu o tratamento oferecido pelas unidades de saúde do município.
A campanha de combate à hanseníase na Praça Brasil estimulou outras ações de saúde preventiva em prol das pessoas que circulam pela região central da cidade, ao longo do dia. A tenda da saúde na Praça Brasil reuniu equipes responsáveis pelo controle da pressão arterial, teste de glicemia, e orientação sobre o risco de contaminação com a leishmaniose e a dengue, além da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, como a aids.
Leishmaniose e dengue
A equipe coordenada pela enfermeira Djanira Amaral Logrado levou para a Praça Brasil informações sobre a leishmaniose que apresenta uma situação preocupante na cidade, principalmente pelo número de casos entre crianças e idosos que apresentam baixa resistência. O alerta feito em praça pública é que na cidade inteira existe a presença do mosquito transmissor e cães contaminados com a doença.A equipe pontuou no mapa da cidade o registro de contaminação, casos da doença e mortes, para alertar a sociedade em geral que a leishmaniose não acontece apenas na periferia. “Onde há folhas molhadas e cascas de frutas, por exemplo, existe o mosquito transmissor e a contaminação da doença”, explica Djanira Logrado.
Outra prioridade da equipe é conscientizar a comunidade para os riscos da dengue que surge mais no período chuvoso. Djanira Logrado explica que uma tampinha com água no quintal pode fazer surgir mais de dois mil mosquitos transmissores.
Dst/Aids
A Secretaria de Saúde ofereceu também o serviço de prevenção da aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Mariuva Valentim explicou que a normativa do Ministério da Saúde determina o incentivo ao uso de camisinha em todas as atividades da Secretaria. A regra foi definida depois de constatar o crescimento da doença nos últimos quatro anos. “O Ministério da Saúde recomenda que todas as atividades da saúde tenham orientação sobre DST/Aids e incentivo ao uso da camisinha”, disse.
As ações de combate a hanseníase aconteceram também na região do Parque São Jorge. A equipe da unidade de Programa de Saúde da Família (PSF) fez um pit stop educativo no bairro, com distribuição de panfletos e orientações para a comunidade em geral. As atividades prosseguem até o dia 30, quando a equipe do PSF do Monte Líbano faz uma caminhada de conscientização e alerta, a partir das 8 horas, nas ruas do bairro.
