POLÍTICA

Neri diz que vai recorrer de cassação e Wellington confirma mudança de suplente

Os dois candidatos mais bem posicionados na disputa pelo senado em Mato Grosso atuam nos bastidores para tentar superar entraves políticos e jurídicos nas respectivas campanhas. Neri Geller (PP) sofreu uma dura derrota no TSE, que ontem (23) cassou seu mandato e declarou a inelegibilidade por oito anos. Também ontem Wellington Fagundes (PL) anunciou o nome da ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), para substituir Joaquim Diógenes (PSB) na segunda suplência de sua chapa. A mudança visa aplacar a ira de membros da extrema-direita bolsonaristas que não concordam com a presença do socialista na chapa.

A decisão contrária à Neri Geller foi tomada por unanimidade pelos membros do Tribunal Superior Eleitoral. Ele é acusado de cometer abuso do poder econômico na campanha eleitoral de 2018, quando se elegeu deputado federal.

No julgamento, os membros do TSE consideraram que o parlamentar extrapolou o limite de gastos da campanha, de R$ 2,5 milhões, em doações feitas a candidatos que disputavam vagas na Assembléia Legislativa e o apoiaram naquela eleição. Apesar de aprovarem a validade da inelegibilidade antes mesmo da publicação do acórdão, ainda cabe recurso da decisão.

Em nota, a assessoria de Neri Geller disse que ele foi cassado injustamente e que o pedido que embasou a decisão sequer constava nos autos do processo. A assessoria jurídica do parlamentar informou que “continuará trabalhando pelos meios judiciais cabíveis ao caso “ para reverter a decisão.

A cassação também precisará ser submetida ao plenário da Câmara Federal. Se for mantida, o cargo de Neri deverá ser ocupado pela primeira splente, a ex-chefe do Procon de MT, Gisela Simona.

WELLINGTON
No caso de Wellington Fagundes a substituição do segundo suplente ainda precisa ser formalizada. Até amanhã desta quarta-feira o socialista Joaquim Diógenes Jacobsen permanecia relacionado no portal da Justiça Eleitoral destinado à divulgação das candidaturas. O primeiro suplente de Fagundes é Mauro Carvalho Júnior, ex-secretário do governador Mauro Mendes.

Fagundes declarou que a inclusão de Rosana Martinelli aumenta sua representatividade no nortão e também entre o eleitorado feminino. Porém, nos bastidores, sabe-se que o principal motivo é aproximar o candidato dos extremistas de direita. Ela também deve coordenar a campanha presidencial de Jair Bolsonaro na região norte do Estado.

O nome de Rosana ainda precisa passar pelo crivo da Justiça Eleitoral.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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