A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal que investiga se houve falha ou omissão no combate à Covid no Brasil, aos poucos está perdendo o aspecto técnico e indo muito pelo lado pessoal; isso vale tanto para a bancada de oposição ao presidente Jair Bolsonaro como para o pessoal de situação. Não há um foco em melhorar a situação ou buscar mais vacinas; na verdade cada depoimento segue uma narrativa que passa a ser explorada de uma forma por opositores e de outra para situacionistas. Não se vê nessa CPI, por exemplo, uma ação técnica mostrando um erro ou um acerto do governo, o que se vê é um verdadeiro diz que me diz, que fulano em seu depoimento falou isso ou aquilo.
A CPI apresenta e cobra poucos documentos, tornando-se uma espécie de lavagem de roupa suja dos grupos em rede nacional, não se vê ou se assiste algo no sentido de analisar um documento, sobre a validade, os fatos e o que está escrito. A concentração é analisar se foi falada ou não a verdade. E não o porquê da mensagem e o que realmente levou o depoente a mentir. O que chama a atenção é que houve, durante a CPI mentiras claras de pessoas chamadas para depor, que não foram desmentidas da maneira que se deseja.
Ocorreu que as mentiras acabaram de certa forma sendo toleradas, virando uma espécie de vale tudo, até mentir, para não ficar mal com a mídia nesta CPI. Para completar, o discurso técnico como dissemos no começo deste texto ficou em segundo plano, foi trocado pela politização e pelos holofotes de Brasília, infelizmente perdeu-se o foco e muitos a esperança de que a CPI revelasse fatos que poderiam esclarecer, os motivos pelos quais tivemos tantas mortes em nosso país em razão da Covid.
A nossa esperança é ainda uma mudança de foco e que a CPI realmente ajude o nosso país a entender o que realmente ocorreu e o que pode ser feito para corrigir os erros e ainda punir os culpados.
Fonte: Da Redação