EDITORIAL

Precisamos de Solução  

A condenação de Edvan de Souza Santos a 25 anos e seis meses de prisão, acusado de participação no assassinato da ex-presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva de Souza, pode ser considerada, em parte, uma vitória da sociedade.  

No entanto, é preciso deixar muito claro que ainda não se chegou a quem realmente atirou nela e, principalmente, a quem mandou matar a ex-presidente do Sanear.  

Esse homicídio, ocorrido em 15 de janeiro de 2021, chocou Rondonópolis por muitos aspectos. O primeiro: aconteceu à luz do dia, em pleno centro da cidade. O segundo: a vítima era uma pessoa conhecida, capacitada e de boa conduta moral e social.  

Mas, quando o assunto é quem matou Terezinha ou quem mandou matá-la, ainda há um grande ponto de interrogação.  

É importante destacar que a Polícia Civil, responsável pelas investigações, fez tudo o que pôde para esclarecer o caso. O trabalho que levou à prisão do primeiro acusado foi muito bem elaborado: começou com a identificação da motocicleta utilizada no crime, uma Honda CB 300 vermelha. Dias após o assassinato, a moto foi encontrada abandonada pela Polícia Militar às margens da BR-364, no município de Pedra Preta.  

Com o prosseguimento das investigações, a polícia conseguiu determinar a trajetória da motocicleta por meio de câmeras de segurança em ruas e rodovias, chegando até Pontes e Lacerda. Também por meio da análise de vídeos foi possível identificar o condutor da motocicleta.  

Na época do crime, o suspeito era policial militar lotado em Pontes e Lacerda, cidade onde ocorreram outros cinco homicídios pelos quais ele também é acusado.  

A partir desse ponto, porém, as investigações travaram. O suspeito preso, por exemplo, quebrou o celular que usava, eliminando possíveis pistas sobre o mandante e o autor do disparo.  

Depois de preso, prevaleceu a “Lei do Silêncio”: ele não revelou nada sobre quem era seu comparsa ou quem ordenou o crime. A partir daí, as provas ficaram escassas.  

Por outro lado, há quem diga que, depois dessa condenação, a polícia poderá se aproximar dos verdadeiros autores e do executor.  

Precisamos e vamos acreditar que sim. Esse crime não pode entrar para a lista dos casos sem solução. A família e a sociedade merecem uma resposta além da que já foi dada.  

Fonte: Da Redação

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