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quarta-feira, janeiro 15, 2025

Pré-carnaval de dois meses pode aumentar faturamento de setores

Enquanto muitos trabalhadores esperam o fim do ano para ter renda extra, com o pagamento do 13º salário, o vendedor ambulante André Pacheco aproveita o início de 2025 para conseguir um dinheirinho a mais, impulsionado pela chegada do carnaval. Há 20 anos ele trabalha com a venda de bebidas na Lapa, região boêmia no Centro do Rio de Janeiro.

André espera um faturamento maior por um motivo específico: este ano o carnaval será em março (começa no sábado, 1º), o que significa dizer que o pré-carnaval é mais longo.

Desde a virada do ano, ele tem percebido que a cidade está cheia de turistas, brasileiros e estrangeiros, o que contribui para o otimismo em relação às vendas. Para o camelô, os blocos de carnaval que já estão animando o Rio desde o primeiro fim de semana do ano estão diretamente relacionados com a expectativa – mesmo que não sejam localizados na região da Lapa.

“A gente fala que a Lapa, a nossa área, é uma dispersão mesmo de blocos. As pessoas vindas de blocos da Primeiro de Março [no Centro], do Flamengo, da Glória [bairros da zona sul], enfim, a galera acaba indo para a Lapa, todo mundo vai para lá, e a festa continua lá”.

A vendedora ambulante Maria do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, fundadora e coordenadora-geral do Movimento Unido dos Camelôs (Muca), reforça a importância do carnaval para a categoria.

“Carnaval deveria ser duas vezes no ano”, brinca ela, que aponta o pré-carnaval como mais oportunidade para encontrar blocos nas ruas e, consequentemente, vender mais.

Este ano, a prefeitura do Rio de Janeiro vai cadastrar 15 mil vendedores autônomos para trabalhar nos blocos de rua, 5 mil a mais que em 2024.

Fonte: Agência Brasil

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