"Política não é para perna de pau, política é para craque", adverte Bezerra sobre precipitação do PR
O presidente estadual do PMDB, deputado Federal Carlos Bezerra, disse que não acredita na saída do PR do grupo que compõe a base aliado do governo e afirma que houve uma precipitação por parte de ‘alguns pernas de pau sem feeling político’ em impor a candidatura de Wellington Fagundes (PR) ao Senado na chapa majoritária. Segundo ele, nada contra pleito do PR, mas não dá para resolver uma situação dessas isolada, sem antes decidir todo contento. Irônico Bezerra ainda advertiu que política é para craque.
“Algumas pessoas sem maturidade política colocaram isso numa de nossas reuniões. São pessoas que não têm feeling de político, é o famoso perna de pau. Acham que é assim que vai resolver. Só que política não é para perna de pau, política é para craque. Não dá para resolver uma coisa dessas isoladamente, sem resolver o contexto todo”, adverte.
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Segundo ele, é necessário pensar num todo. O candidato ao governo, o perfil do vice e depois a candidatura ao Senado. A expectativa é que até o dia 10 do próximo mês esses pormenores sejam resolvidos o grupo possa apresentar a chapa majoritária que concorrerá às eleições deste ano.
Sobre uma possível debandada do PR para o grupo encabeçado pelo senador Pedro Taques (PDT), o presidente disse não acreditar que isso aconteça. “Não acredito na saída do PR do nosso grupo. O PR faz parte do apoio à presidente Dilma Rousseff e ela em Mato Grosso terá um só palanque, ela já deixou isso claro pra mim. Além disso, o Rui Falcão, presidente nacional do PT também me ligou para comunicar isso. Como eles estão comprometidos com a Dilma, não acredito que eles saiam. E até por que o PR que tem alguma pretensão é muito mais fácil viabilizar isso aqui do que no grupo de lá”, afirma.
Na visão de Bezerra, o PR é um partido que tem suporte para estar na majoritária já que tem um senador, um deputado federal e uma bancada grande de deputados estaduais. Mesmo com toda a ‘rasgação de seda’ ao PR, quando questionado sobre a garantia do espaço à Wellington Fagundes (PR) como candidato da chapa ao senado, Bezerra continua afirmando que ainda é cedo.
“É o que eu disse, o PMDB começou esse processo com jogo aberto, por que política se faz com transparência e com o jogo aberto. Essa política de tapeação, de enganação, tem perna curta. Então o PMDB colocou com clareza que pelo peso político que tem com o governador do Estado, com a prefeitura das maiores cidades, além de ser o maior partido do Brasil, que quer uma vaga na majoritária. Ou o governo, ou o senado. É nesse sentido que ainda estamos discutido. Amarrar uma candidatura majoritária embaixo, sem resolver a de cima, ia propiciar um racha no grupo”, justifica.
De acordo com Bezerra, caso as questões internas do PMDB se resolvam, de imediato, o Wellington pode ser acordado como o candidato ao Senado do Grupo. “Não é nada contra a candidatura do Welligton ao Senado. Pode ser amanhã, se as coisas se resolverem ele pode ser o nosso candidato ao Senado, que é a pretensão do PR. Não há nenhuma objeção com relação isso, a ser o procedimento que está incorreto”, finalizou.
Fonte: Olhar Direto