A Polícia Civil apreendeu, na quarta-feira (20.11), uma carga de 46 toneladas de fertilizantes adulterados na zona rural do município de Porto Alegre do Norte. Um homem, que transportava a carga, foi preso em flagrante pelo crime de transporte irregular de defensivos agrícolas.
As diligências iniciaram logo que a Delegacia de Porto Alegre do Norte foi acionada pelo proprietário de uma fazenda, informando que em outubro adquiriu fertilizantes para a safra de soja.
Conforme a vítima, a indicação do fornecedor veio de um analista que sugeriu o nome de um vendedor do Estado do Paraná. A primeira carga foi recebida no mês de novembro, e foi transportada pelo homem preso em flagrante.
O produto foi aplicado na fazenda, porém, o agricultor percebeu que não apresentou a reação esperada dos originais. Então a vítima enviou a amostra para um laboratório, que apontou a falsidade do fertilizante.
Diante dos fatos, os policiais civis abordaram o suspeito, que estava chegando na fazenda com nova carga de aproximadamente 46 toneladas de fertilizante. Na ocasião, foi realizado o teste e constatada a adulteração.
Conforme a vítima, cerca de R$ 200 mil foram pagos diretamente ao fornecedor no Estado do Paraná, pelos produtos adulterados adquiridos. Ela ainda relatou que o fornecer mudava constantemente as condições do negócio.
Além da carga de insumos agrícolas falsificados, o motorista não possuía as licenças ambientais e documentação necessárias, caracterizando crime ambiental.
O delegado de Porto Alegre do Norte, Victor Donizete de Oliveira Pereira, alertou que essa prática, além de lesar o consumidor, representa um risco significativo ao meio ambiente e à segurança alimentar, considerando que fertilizantes adulterados podem comprometer toda a safra local.
“A atuação da Polícia Civil busca interromper esse ciclo de crimes e prevenir danos maiores. Esse tipo de combate é fundamental para a segurança da população rural, que depende diretamente da qualidade dos insumos utilizados na produção”, destacou o delegado.
As investigações continuam visando identificar outros possíveis envolvidos no esquema e garantir que todos os responsáveis sejam apresentados à Justiça.
Fonte: Secom_MT
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