Em tempos de ensino e relações sociais à distância, um canal de streaming oferece 130 filmes para interessados nas áreas de cultura e educação. Com foco em sustentabilidade e temática ambiental, a organização Ecofalante reúne um acervo voltado para quem vem passando por uma reviravolta na atividade de ensino. Gravação de vídeos, gestão de grupos em redes, reuniões mais virtuais do que presenciais, alto risco de contaminação nos meios de transporte, entre outras “novidades” de um ano para cá, se somam aos demais riscos de contágio em caso de retomada indevida de aulas presenciais. E também nos ambientes particulares vividos por cada profissional.
Para utilizar o serviço de streaming da Ecofalante Play, os usuários fazem um cadastro vinculado à sua instituição de ensino na própria plataforma. É o primeiro passo para ter acesso ao catálogo de filmes e agendar uma sessão, explica a organização. O acervo tem filmes brasileiros e estrangeiros reunindo assuntos como emergência climática, consumo consciente, questões urbanas, energia, conservação, economia, trabalho e saúde. As obras são selecionadas a partir da curadoria da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontece desde 2012. É o maior festival de audiovisual com temática socioambiental da América do Sul.
A mostra
Em 2020, a Mostra Ecofalante aconteceu, pela primeira vez, de forma totalmente on-line. A realização foi concretizada na primeira semana de junho, marcando a Semana do Meio Ambiente, e contou com cobertura da RBA. Além dos títulos, foram exibidos debates com importantes nomes do audiovisual e de áreas socioambientais. A ideia se ampliou a partir do Programa Ecofalante Universidades. voltado pra levar o conteúdo das mostras para as faculdades, e seguiu crescendo.
“No começo foram os colégios privados da cidade de São Paulo, que nos procuravam para exibição de filmes nas escolas e incluí-los em seus currículos. Simultaneamente, professores e alunos de Etecs (escolas técnicas estaduais, de ensino médio) começaram também a frequentar”, explica o diretor da Mostra, Chico Guariba. “Procuramos o Centro Paula Souza – mantenedor das Etecs – e firmamos um termo de cooperação. Isso permitiu levar conteúdos audiovisuais para as salas de aula e auditórios das Etecs e das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs)”,
Hoje, a Ecofalante tem acordos com as universidades públicas em São Paulo – as estaduais USP, Unicamp e Unesp e as federias UFABC, Unifesp e UFSCar –, e realiza sessões de filmes seguidas de debates. Na Unicamp, a iniciativa se tornou a disciplina Economia, Sociedade e Meio Ambiente na Produção Audiovisual Contemporânea. no Instituto de Economia da universidade.
Fonte: Redação RBA