O ex-prefeito Percival Muniz está oficialmente de volta ao MDB, partido em que iniciou sua vida política. A ficha de filiação foi assinada ontem (28) após um encontro com a ex-vereadora Mariuva Valentim e o vice presidente do diretório municipal do MDB, Rodrigo Metelo. Hoje ele conversou com a nossa reportagem e disse que a decisão tem cunho individual.
“O MDB eu conheço, ajudei a fundar e tenho bom relacionamento com as lideranças. Isso torna tudo mais fácil. Não tenho pretensão de candidatura, mas decidi me filiar dentro do prazo para estabelecido pela Justiça Eleitoral para ser um membro pleno do partido. É o início de uma nova caminhada”, afirmou.
Percival Muniz foi deputado federal constituinte, deputado estadual e prefeito de Rondonópolis por três vezes. Ele é considerado uma das lideranças políticas mais importantes da região e muitos acreditam que sua decisão de trocar o PDT pelo MDB pode ser seguida por outros integrantes de seu grupo político.
“Pode acontecer, mas não gosto de influenciar esse tipo de decisão. A filiação partidária é opção individual. Cada um, a seu tempo e gosto, faz sua opção”, diz ele.
Percival afirmou que mantém a disposição de ajudar a construir um palanque suprapartidário para apoiar a candidatura do ex-presidente Lula em Mato Grosso. Conforme ele, esse pensamento é compartilhado por outras lideranças do MDB, mas cabe ao PT, partido do ex-presidente, puxar essa organização.
“Vou participar, mas o PT é quem deve estar à frente deste movimento. Acho que a eleição do Lula vai além das questões partidárias, ela é fundamental para reconstruir as bases democráticas do país. Penso que é muito semelhante à luta que o MDB travou lá atrás, para vencer a ditadura. Agora o nosso objetivo é defender a democracia no país”.
Em relação ao cenário estadual, Percival avalia que o momento ainda é de articulações e pode haver mudanças importantes principalmente nos partidos que integram o centro e a esquerda. “Estamos ainda na fase da janela partidária e teremos muita movimentação nesta semana. O Lula está bem no cenário nacional e isso deve influenciar a composição nos estados”, prevê.
Eduardo Ramos – da Redação
