Percival consegue redenção com fim da falta de água e R$ 100 milhões para asfalto

Os dias de turbulência do prefeito Percival Muniz (PPS) parece que acabaram. E a maré boa veio carregada pros lados do Paço Municipal. Após ter a confirmação, ainda no mês passado, que teria R$ 50 milhões para drenar e asfaltar ruas de 13 bairros em Rondonópolis, por meio de financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC II, do Governo Federal, Muniz conseguiu viabilizar mais R$ 50 milhões junto a Caixa Econômica Federal, dentro da capacidade de endividamento estadual, que deve gerar linhas de crédito também para outros municípios mato-grossenses. Juntadas as perfurações de três poços artesianos (Jardim Atlântico, Vila Mariana e Parque Universitário) e mais a construção de um reservatório (Santa Marta) que acabou por findar com o problema de falta de água na maior parte da cidade, o prefeito conseguiu após quase um ano e meio de crise por a casa em ordem. A reviravolta acende a possibilidade até de reeleição de Percival.
Em reunião na última semana com o superintendente da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, CEF-MT, Carlos Roberto Pereira, o prefeito deu detalhes de como serão investidos os mais de R$ 100 milhões que devem ser aplicados nos próximos meses para estender a malha viária da cidade. Segundo o gestor, R$ 50 milhões serão exclusivamente para atender bairros da região sudeste, como o Sagrada Família, Parque São Jorge e Residencial Farias. Com isto, todas as regiões da cidade serão contempladas com obras de melhorias de infraestrutura, já que igual valor foi liberado pelo Governo Federal para pavimentar trechos ainda sem asfalto em bairros das regiões Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste e Sul da cidade.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, Melquíades Netto, o dinheiro vindo do PAC II será dividido em três lotes. O primeiro lote vai disponibilizar pouco mais de R$ 10 milhões (R$ 10.239.430,55), que serão investidos nos Jardins Nova Era e Liberdade. O segundo lote, com um total de R$ 19.967.793,91, atenderá vias dos bairros Ana Carla, Parque Universitário, Vila Goulart, Vila Rica, além de ruas da região do Padre Lothar. Ainda serão aplicados outros R$ 19.792.776,46 no terceiro lote, que contempla ruas do Jardim das Flores, Jardim Progresso, Lajeadinho, Jardim Reis e Padre Ezequiel Ramin. Em meio a estes investimentos, será feito paralelo dentro do mesmo projeto investimento em mobilidade urbana com a construção da tão propalada Avenida Beira Rio, que sairá do Cais e chegará até a Lions Internacional, dando uma nova opção de trânsito para desafogar mais facilmente o trânsito do centro da cidade, uma ponte sobre o Rio Arareau, na Rua Arnaldo Estevan, e a continuação do prolongamento do asfalto da Rua Rio Branco, seguindo do bairro Padre Lothar até alcançar o Anel Viário.
Burocracia e outros investimentos
Segundo Muniz, a elaboração dos Editais à licitação das obras vai ainda mais uns 30 dias e, depois, vencida esta fase, será feita a contratação das empreiteiras que irão executar as obras, bem como a assinatura da ordem de serviço. Além das obras de pavimentação que já estão sendo realizadas ou que serão com os recursos provenientes do PAC, o prefeito salientou que o município já está fazendo asfalto nos bairros Jardim Adriana, Belo Horizonte e Parati.
O prefeito também falou sobre a situação do convênio para o asfaltamento do Serra Dourada e outros bairros, como Itapuã, Carlos Bezerra I e II, Jardim Maracanã, Morumbi. Segundo o gestor, o município perdeu este convênio por erro na licitação. O convênio era de 4,6 milhões, mas a gestão anterior licitou um valor bem acima, cerca de R$ 20 milhões. Com isso, o convênio foi suspenso, após os técnicos do governo federal identificarem a irregularidade.
“Estamos tentando recuperar estes recursos, entramos com uma ação na justiça, mostrando que a população não pode ser prejudicada por um erro dos gestores. Mas, ainda não conseguimos reverter. E se não conseguirmos mesmo, para diminuir o sofrimento dos moradores destes bairros que já esperavam receber o asfalto, teremos que encontrar outra forma de fazer”, concluiu.