Dono de uma das maiores reservas pesqueiras do País, Mato Grosso deveria ter peixes com preços acessíveis, especialmente para consumidores de baixa renda. Porém, a realizada é oposta. O quilo de peixes populares, também chamados de nobres, como o Pacu e o Pintado, oscilam entre R$ 12 e R$ 20 reais, em Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Poconé Cáceres e Rondonopolis.
O surpreendente é que o primeiro elo da cadeia, o pescador, recebe a metade deste valor ao comercializar o seu produto na maioria das vezes a atravessadores.
A Colônia Z2 de Cáceres, que possui em seu quadro 580 pescadores profissionais, cansou desta exploração e deve se tornar a primeira do Estado a instalar um posto de venda direta ao consumidor.
A revelação foi feita esta manhã, pela presidente da entidade, Elza Soares, durante entrevista ao programa A Hora da Notícia da Radio Difusora AM.
Na entrevista ao radialista Luiz Garcia, a presidente da Colônia Z2 disse que o posto deve entrar em funcionamento antes da semana santa.
Durante o programa, ela também se queixou da demora para a construção de uma rampa, prometida pela Secretaria Estadual de Turismo no ano passado.
Elza Soares afirmou que já vai fazer um ano que a ex-secretária de Turismo esteve na cidade lançando a construção que seria executada com recursos de uma emenda parlamentar do seu irmão, o deputado estadual Airton Rondina (Português). Ela afirmou que se o serviço não iniciar até o fim do período das chuvas, a própria Colônia, irá fazê-lo.
“A nossa rampa está interditada porque já não tem condições de uso. Se o governo não fizer, nós mesmos faremos”, frisou.