Uma família que como tantas veio do meio rural, hoje se destaca com os seus produtos que tem o seu diferencial nos derivados de milho. Uma empresa familiar, com uma história de sucesso que engrandece a cidade e a nossa gente rondonopiolitana.
Jornal Folha Regional; De quem foi a idéia de produzir Pamonha e outros produtos derivados do milho?
Paulo Sergio; Tudo começou com meus pais que residiam no Vale Rico, ele Jerônimo Florentino nascido em Minas Gerais e Aparecida Florentino natural do estado de São Paulo. Eles trabalhavam na roça, e durante a nossa infância nós ajudávamos no que era possível, mas com uma condição todos tinham que ir para a sala de aula. Foram momentos de vida que nos trouxeram muitas alegrias e felicidade. Eu e meus irmãos José, Edivanio, Nilton Cesar, Luiz Carlos, Jânio, Reginaldo, Elizabeth e Regina, sempre estivemos ao lado dos meus pais no trabalho da lavoura.
JFR; Fale um pouco do início da comercialização da Pamonha e sobre a trajetória do produto;
Paulo Sergio; Meus pais foram de mudança para a Placa Santo Antonio, sempre confiantes no trabalho da roça. La nós começamos a produzir Pamonhas e vínhamos vender em Rondonópolis. Com o tempo a clientela foi aumentando, e outras pessoas começaram a revender o nosso produto.
JFR; Quanto tempo levou para que essa tradição se firmasse em Rondonópolis?
Paulo Sergio; Eu sempre digo que o sucesso “do dia para a noite” leva em torno de 10 anos para acontecer, eu fiz uma palestra sobre empreendedorismo na Faculdade Anhanguera e finalizei com essa frase. Todos apreciaram e refletiram imediatamente sobre o realismo da mesma. A nossa família está há 30 anos no ramo, procurando sempre inovar e melhorar a qualidade dos nossos produtos.
JFR; Em que ano os seus pais vieram para Rondonópolis, e deram início a montagem da Casa da Pamonha?
Paulo Sergio; Meus vieram para Rondonópolis em 1996, e aqui montaram a Casa da Pamonha, ele tinha uma visão futurista e empresarial. Quando chegamos a Rondonópolis nos alugamos uma residência na Av. Tiradentes bem em frete a Casa da Borracha. Depois de muito trabalho, e bons anos de luta, adquirimos a nossa sede própria, na Rua José Barriga 544 Centro da cidade onde estamos há 12 anos atendendo os nossos clientes.
JFR; A empresa trabalha hoje com vários produtos milho e mandioca, quais são esses derivados?
Paulo Sergio; Algumas variações e novidades surgiram de uma necessidade de momento, principalmente quando tivemos a falta do milho. Partimos para a produção do bolo de mandioca, que caiu no agrado geral. Os pedidos são tantos que mantemos a produção do dito bolo até hoje, o bolo de mandioca é um grande sucesso. Dentre os nossos produtos estão a Pamonha doce com queijo, uma das mais preferidas pelo público, temos ainda o bolo de milho, temos a Pamonha de sal com queijo e a Pamonha de sal com pimenta, lingüiça e queijo.
JFR; Qual é o perfil dos seus clientes?
Paulo Sergio; Os nossos clientes vem de todos os bairros, do centro da cidade e de algumas cidades da região sul. Pessoas simples, aposentados, comerciários, empresários, médicos advogados e políticos. Aqui já recebemos o prefeito Percival Muniz, o deputado Barreto, alguns vereadores, e pessoas de todas as classes sociais. Alguns empresários nos indicam para os turistas que chegam na cidade, desta forma nós ajudamos a divulgar a nossa cidade. Temos um exemplo de um ônibus cheio de turistas que veio a cidade de Primavera do Leste, passaram pela nossa fábrica, degustaram e elogiaram os nossos produtos. A Pamonha é tradição no cardápio rondonopolitano, queremos que seja incluído oficialmente no quadro da gastronomia da cidade.
JFR; Para encerrarmos esta entrevista, agradecemos pela sua atenção e, por favor, deixe uma mensagem de otimismo aqueles que pretendem entrar na função comercial?
Paulo Sergio; Aminha mensagem de otimismo é acreditem em si mesmas em Deus e no trabalho. Que tenham muita paciência, não querer um sucesso imediato, e entender que só o tempo nos dá a maturidade necessária para reconhecermos o nosso progresso.