O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) fez, na semana passada, durante entrevista concedida ao programa O Livre, exibido pela TV Cidade Verde, duras críticas ao que classificou como o “novo” na política. “O novo em muitas vezes é muito pior do que o velho”, disse Bezerra.
Veterano na política com mais 40 anos de militância partidária e com mandatos no Executivo e Legislativo, ele não quis citar nomes de políticos locais novos que se encaixam no perfil da crítica que fez. “Tem esse tipo de político novo em todas as esferas do Poder”, disse.
Ousado, Bezerra citou o presidente americano Donald Trump como um novo que não está dando certo. “Basta ver o exemplo dos Estados Unidos para as pessoas entenderem o que eu quero dizer, é como um macaco em uma loja de cristal, causa estrago em tudo”.
Bezerra ainda disse que a velha guarda tem como diferencial a experiência e por isso vê risco no novo. “O velho tem experiência, cautela na política e o novo às vezes é muito afobado, não tem experiência necessária”. O deputado federal ainda disse que o país vive uma carência de líderes populares.
Por outro lado, Bezerra defendeu o nome do ex-governador e atual Ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) como candidato à presidência. Para Bezerra, Blairo tem um bom perfil para o cargo. “Eu acho uma alternativa importante para nós de Mato Grosso”, disse.
Bezerra reconhece ainda a importância da lava jato para o sistema político brasileiro. Bezerra entende que a operação está sendo importante pela questão da reforma politica e deve forçar uma mudança de conceito de financiamento de campanha. Bezerra é um dos defensores do financiamento público de campanha. “Acho que está na hora de normalizarmos o financiamento das nossas campanhas, essa seria uma forma de dar mais transparência a todo o processo”.
Futuro- Bezerra disse que ainda não definiu se vai disputar as eleições no ano que vem. Bezerra disse que se dependesse da base do PMDB seria candidato ao senado. No entanto, ele fez uma revelação que pode significar o fim da carreira política. “Pela minha esposa, a nossa proposta é terminar o mandado e mudar para Lisboa, mas eu sinceramente não sei”, disse.
Para Bezerra, o novo pode ser pior do que o velho
