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quinta-feira, novembro 21, 2024

Os cães ladram e a caravana passa

Durante os últimos dias vimos na Câmara de Vereadores, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na própria Prefeitura em grande discussão em torno do novo traçado da ferrovia que vai ligar Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde/Sorriso. 
O motivo é que diferente do traçado original, a referida ferrovia vai passar na área urbana da cidade e a menos de 40 metros do bairro Maria Amélia, que pode ser no futuro um dos bairros mais populares da cidade. 
O prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio, tem liderado essa discussão e deixado claro, não é contra de forma alguma à Ferrovia e sim contra esse novo traçado, que na visão do prefeito pode gerar prejuízos para quem mora na região.
Pátio, inclusive revogou a autorização para autorização do solo da empresa responsável pela obra, com a expectativa de uma nova mudança de traçado, evitando passar tão perto de um bairro residencial. 
Neste aspecto, a luta do prefeito foi em vão, pois a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, a Sema, autorizou via licença que a empresa trabalhe e mais: execute a obra. 
Pois bem, preocupado Pátio e o presidente da Câmara, Junior Mendonça, foram para a cima da bancada de Rondonópolis na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. No entendimento de ambos faltou empenho dos deputados em cobrar da Sema, uma decisão diferente da que foi tomada com relação à obra.
As falas causaram mal-estar na AL, mas também provocaram reações. Os deputados locais deixaram claro que estão cobrando uma solução e ameaçam até a convocar a secretária de Meio Ambiente do estado para proferir explicações sobre o assunto. 
Na realidade essa situação somente será resolvida quando todos, prefeito, Câmara e Assembleia se unirem. 
Caso contrário vai virar uma troca de acusações sobre quem fez, quem deixou de fazer e quem vai fazer. Enquanto isso, os trilhos vão passar e nós ficaremos vendo. Pois a empresa não vai parar os seus interesses para ver uma discussão pública.
Agora se todos uniram ai sim, a empresa vai sentir a força da classe política. 
Algo diferente disso pode representar o fracasso de todos e o povo pode ser o maior perdedor. 
Como diria o ditado: “Os cães ladram e a caravana passa”. 
Se não tiver união vamos ver o trem passar perto de um bairro e não em uma distância razoável como era a previsão inicial.

 

da redação

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