Brasília – A realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro deverá aumentar o fluxo de turistas estrangeiros no Brasil em até 15% em relação ao ano anterior ao da Olimpíada. A previsão é da presidente da Embratur, Jeanine Pires, com base na experiência australiana de Sidney, que recebeu os Jogos Olímpicos em 2000.
“É um número muito expressivo, a média mundial é de crescimento de 1% a 2% ao ano. Há também o aumento do turismo de negócios nos anos anteriores, em que o número de pessoas é menor, mas a economia é muito beneficiada, a entrada de divisas é grande”, afirmou Jeanine, em entrevista à Agência Brasil.
Ela está em Copenhague, onde o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou hoje (2) a escolha do Rio como cidade-sede das Olimpíadas de 2016.
Segundo Jeanine, a candidatura do Rio teve grande repercussão internacional e já aumentou o interesse na cidade como destino turístico. De todos os estrangeiros que vêm ao Brasil e que costumam visitar mais de uma cidade, 35% passam pelo Rio. A cidade é a que mais recebe visitantes que vêm ao país a lazer.
O Rio, de acordo com Jeanine, já é usado como “âncora” para atrair visitantes internacionais a cidades menos conhecidas do país, e a Embratur deve explorar essa característica na promoção turística dos Jogos de 2016.
A presidente da estatal reconhece que os desafios de hospedagem, infraestrutura, transporte e mobilidade urbana serão grandes, mas acredita que o Brasil cumprirá os pontos apresentados ao COI. A expectativa de Jeanine é que a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, também dê suporte e experiência para a realização dos Jogos.
“O Projeto Rio foi aprovado pelo COI em todos os aspectos, antes mesmo da eleição, o que demonstra que todos os requisitos, todos os detalhes que uma cidade-sede precisa ter foram aprovados e são um compromisso firmado pelos governos e pela sociedade.”
As melhorias na infraestrutura turística deverão incluir investimentos em aeroportos e renovação das vagas de hospedagem, informou Jeanine. Navios transatlânticos serão usados como alternativa para estada.
Fonte Ag. Brasil