UFMT participa da criação da Sociedade Brasileira de Alfabetização

Duas professoras do Departamento de Educação do Campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso participaram da criação da Sociedade Brasileira de Alfabetização – SBAlf. Cancionila Janzkovski Cardoso foi eleita membro da diretoria, representando a região Centro-Oeste e Lázara Nanci de Barros Amâncio integrará o Conselho Fiscal da SBAlf.
Idealizada por um grupo de pesquisadores da Educação a Sociedade Brasileira de Alfabetização, a SBAlf, foi criada oficialmente no último dia 18 de julho, em assembleia realizada no Salão Nobre da Faculdade de Educação da Unicamp, durante o 18º Congresso de Leitura do Brasil. Na Assembleia de Criação foi apresentado o histórico e estatuto da SBAlf, além da definição, por meio de eleição, dos membros da diretoria para o biênio 2012/2014. Os membros eleitos são pesquisadores-docentes de diversas universidades brasileiras com destacados desempenho na área de Educação, especialmente em estudos sobre alfabetização.
Para Cancionila J. Cardoso a criação da SBAlf é de suma importância para um país com problema crônico de analfabetismo como é o Brasil. “No momento atual, já temos muitos estudos sobre este fenômeno que com a criação da SBAlf vão encontrar lugar para dar maior visibilidade a estas pesquisas. Não temos soluções prontas para o analfabetismo brasileiro, mas visualizamos na SBAlf um grupo coeso, organizado, fundamentalmente plural, que poderá produzir novas soluções para diminuir o analfabetismo no país”, salientou.
De acordo com membros da diretoria, a criação da SBAlf se justifica pela necessidade tanto de posicionamento articulado, organizado e sistemático por parte da sociedade civil brasileira frente às políticas de alfabetização no Brasil quanto de divulgação e discussão, em fóruns nacionais e internacionais, do expressivo volume de pesquisas acadêmico-científicas brasileiras sobre o tema. Pretende-se, assim, que seja entidade independente em relação tanto a órgãos governamentais quanto a instituições e entidades de ensino e pesquisa.
Seus principais objetivos diz respeito a congregar representantes da sociedade civil, tais como, pesquisadores vinculados a grupos/núcleos e centros de pesquisa voltados à produção e divulgação de conhecimentos sobre alfabetização; professores do ensino superior e da educação básica, associações/sindicatos, organizações não governamentais relacionados com a alfabetização, dentre outros interessados.
A ideia é que ela se constitua como referência para todos os envolvidos com políticas, pesquisas, ações educacionais e práticas de alfabetização no Brasil, caracterizando-se como instância aglutinadora, propositora e moderadora de políticas e propostas para a alfabetização no país e contribuindo para o fortalecimento da representação da sociedade civil no diálogo de pesquisadores e professores com órgãos governamentais.
Os nove membros eleitos são: Maria Socorro A. N. Macedo (UFSJ); Francisca I. P. Maciel (UFMG); Cláudia M. M. Gontijo (UFES); Maria do Rosário L. Mortatti (UNESP-Marília); Cecilia M. A. Goulart (UFF); Artur G. Morais (UFPE); Cancionila J. Cardoso (UFMT); Norma S. A. Ferreira (UNICAMP); e Cleonara M. Schwartz (UFES).
Em 2009 o projeto de criação foi apresentado na 32ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). Foi amparado por um grupo de pesquisadores, também professores universitários, envolvidos com a reflexão sobre problemas e perspectivas de avanços em alfabetização no Brasil.
A proposta foi aprovada em 2010, no I Seminário Internacional sobre História do Ensino de Leitura e Escrita (SIHELE) e no GT – “Alfabetização, leitura e escrita”, durante a 33ª. Reunião Anual da ANPEd. A sede provisória está localizada na Unesp de Marília
Fonte:AgoraM