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Rondonópolis
sábado, novembro 23, 2024

O X da questão

O transporte coletivo de Rondonópolis vive uma situação preocupante e não vem de hoje e sim de pelo menos há quatro anos. De um lado, está a empresa que detém a concessão via a um contrato precário e de outro o Poder Público, que luta para licitar e viabilizar um novo contrato.
A empresa alega que tem prejuízos gigantescos e não consegue mais prestar o serviço e pede um apoio financeiro e também incentivos fiscais para dar continuidade ao trabalho, o município, por outro lado, afirma que há empecilhos legais e financeiros para atender a demanda da empresa e que tem tentado via licitação a contratação, mas que em três tentativas a licitação deu deserta.
O problema que está bem claro é que os termos do edital que foi lançado não consegue atrair empresas para operar na cidade. Vale lembrar que o edital foi formatado não somente pela secretaria de Administração do município, mas também pelo resultado de pedidos da Câmara de Vereadores efetivados por meio de audiência pública.
Pelos termos as empresas precisariam, por exemplo, ter uma quantidade considerável de ônibus novos e com ar-condicionado e contribuir para a construção de terminais de integração em pontos da cidade;
Por outro lado, essa situação pelo que a Folha Regional está acompanhando, vai além, pois as características da cidade levam à essa dificuldade. Um dos motivos está no fato de que a cidade é mais espalhada do que as demais com o mesmo tamanho, o que acaba por obrigar a empresa ter mais linhas , mais ônibus e mais motoristas, o que representa mais gastos.
Outro fator está no fato de que o transporte alternativo na cidade ser organizado, o mototaxi funciona desde 1998 e conquistou uma parcela significativa de passageiros nestas duas décadas.
Aliado a isso está a chegada do Uber, que também dificulta, o trabalho da empresa, pois é mais uma forma do cidadão se locomover a baixo custo e acaba sendo mais uma alternativa de transporte para o trabalhador. Além do táxi que funciona desde década 70 no município.
Vale ainda destacar que a renda média do trabalhador rondonopolitano aumentou nos últimos anos, possibilitando financiamentos a longo prazos de carros e motos e com isso, uma parcela da população deixou de andar de ônibus.
Na verdade, o transporte coletivo é vital em qualquer parte do Mundo, e dessa forma não é diferente em Rondonópolis. O problema é que devido a precariedade do contrato, o serviço não é prestado com toda a excelência e isso de certo modo afugentou passageiros, a esperança é que com um novo contrato, o transporte passe a funcionar de forma melhor e com isso mais passageiros voltem aos ônibus.

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