O QUE DIRIA TIRADENTES?

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O que temos que aprender com Tiradentes? Que não devemos permitir que o Estado “leve” tudo que temos, e que nos faça pagar a conta da incompetência de seus gestores. Bom lembrar, que na época, os inconfidentes, tinham em comum era o descontentamento com a Coroa e a autoridade local. De 1782 pra cá os gestores mudaram, sistema político mudou, mas o descontentamento dos contribuintes continua.

Segundo dados do Impostômetro o brasileiro trabalha em média 153 dias pra pagar todos os seus impostos como cidadão. Mesmo com garantia de gratuidade, prevista na Constituição, de acesso a educação, saúde, ainda temos que pagar por cada um destes “direitos”.

Para as empresas isso só piora, atualmente existe no país 63 tributos e 97 obrigações acessórias. Isso tudo deve ser enviado via Receita Federal em determinados prazos, sob pena de multa. Sem contar, que existe no Brasil mais de 3,7 mil normas e, diariamente, cerca de 30 novas regras tributárias surgem.

Apesar de contribuir com pouco mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) a arrecadação de Mato Grosso representa 1,25% do total da arrecadação do país. Conforme dados do site Impostômetro até agora o Estado já arrecadou R$ 9,4 bilhões em imposto só de janeiro a abril deste ano, a maior parte vindo de ICMS. E Cuiabá já arrecadou mais de R$ 225 milhões de imposto desde o inicio de 2018.

Diante de tantos números fica a pergunta? “A população não tem acesso a direitos básicos, por que o Estado é grande e incompetente?”. Ou “O Estado é grande e incompetente, por isso a população não tem acesso aos direitos básicos?”.

Será que não está na hora de deixar a ideologia de lado e como na Inconfidência Mineira nos unirmos de operário a servidor, de advogado a médico, de empreendedor a trabalhador para buscar um Estado que possibilite o trabalho e não crie trabalho.

Fica a lição de Tiradentes. Considerado o Patrono Cívico do Brasil. Devemos buscar seu exemplo e suas palavras e praticar na urna este ano.

Junior Macagnam, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Calçados e Couros de Mato Grosso (Sincalco-MT) e empreendedor.