O espinhoso tema da situação de moradores de rua na cidade de Rondonópolis mereceu o devido destaque dado pela Câmara de Vereadores, em audiência pública realizada na segunda-feira (22). Os vereadores Adonias Fernandes, Marildes Ferreira e Jonas Rodrigues, de fato, colocaram o dedo na ferida. O problema está a cada dia mais latente nas ruas da cidade, principalmente no centro da cidade. Trata-se de uma questão social onde a política pública para o tratamento deste tipo de situação precisa ser muito cuidadosa, trata-se de um ponto onde não se pode errar, por vários motivos, principalmente pelo fato que estamos tratando de seres humanos, que por diversos problemas foram parar nas ruas. Em Rondonópolis está claro que a situação nos últimos meses piorou, muito provavelmente por causa da Pandemia. Na região da rua XV de Novembro, a questão fica ainda mais evidente. O local virou um dos pontos críticos onde há a preocupação de que ali vire uma nova cracolândia. No entanto, pode-se perceber que as entidades estão atentas ao que ocorre e a secretaria de Promoção Social do município não tem medidos esforços para buscar dignidade e acolhimento a essas pessoas. Por outro lado, o entendimento geral é que será preciso fazer muito mais, a sociedade precisa se unir para buscar uma solução concreta. No entendimento da Folha Regional deve se trabalhar, em conjunto todas as políticas públicas e a sociedade. Não basta apenas tirar a pessoa da rua e não oferecer acompanhamento, tanto médico, como psicológico e social. É preciso, por exemplo, oferecer assistência para que o morador de rua tenha condições de ter uma vida normal. Por outro lado, uma proposta é criar um grande centro de referência e atendimento ao morador indo além de oferecer abrigo e alimentação. O ideal é também oferecer assistência de todos os tipos e garantir ainda cursos profissionalizantes. No entanto, não deve ser apenas o curso em si, é preciso também buscar espaço no mercado de trabalho para essas pessoas, este talvez seja o grande desafio, para tentar ao menos amenizar o problema. Mas é preciso também buscar levar de volta essas pessoas ao seio familiar, em alguns casos, a pessoal está na rua, por falta de carinho de quem ela ama. Trata-se de um caso a se pensar e analisar. Não tem solução fácil, mas sabemos que é um desafio para todos nós. Não é apenas um problema de ordem governamental e sim uma questão que a sociedade tem que abraçar. Ou seja, estamos diante de um grande desafio.