O Hospital Regional Elza Giovanella, de solução para a saúde pública de Rondonópolis e região, está na verdade virando um grande problema. A questão é simples, quase como uma conta aritmética, a cidade e a região cresceram em grandes proporções nos últimos 21 anos e o HR não cresceu na mesma medida. Em tese, o Hospital ficou pequeno para a cidade e região. Pois desde 2000, quando foi inaugurado pelo ex- -ministro da Saúde, José Serra, poucas ampliações foram feitas na unidade de saúde. Hoje, devido principalmente, à falta de espaço físico é praticamente impossível fazer uma nova ampliação e a solução imediata seria a construção de mais um hospital com as mesmas características que vai demandar custos e tempo para o governo do Estado, até mesmo pelo fato que não se faz um hospital nestes padrões do dia para a noite. Será preciso estudos técnicos e investimentos.
Nesta semana, a vereadora Marildes Ferreira (PSB) e Reginaldo dos Santos (SD) provocaram o Ministério Público Estadual, em busca de soluções para o Regional, principalmente no setor de ortopedia, que virou, talvez, o maior gargalo da unidade de Saúde. Os vereadores denunciaram que um atendimento no setor pode levar até 20 dias e houve até casos de amputação. No entanto, é preciso também explicar que de fato, está havendo problemas, mas uma boa porcentagem dos traumas em nossa cidade está intimamente ligado ao nosso trânsito que sem dúvida é de extrema violência. Por essa ótica, o hospital tem sim sua parcela de culpa, mas talvez se o nossos condutores fossem mais respeitosos e educados nas ruas, talvez o número de acidentes seria menor e por consequência os casos de fraturas também. Isso lembra aquela história de que nasceu primeiro, se foi o ovo ou a galinha.
O que não pode ocorrer é vermos o Hospital sobrecarregado como se fosse uma guerra, e muito pouco sendo feito pelas autoridades do estado para mudar esse quadro. Desta forma, nada mais justo de que cobrar uma mudança de conceito do Hospital e da população no trânsito. Neste aspecto é inegável que estamos todos juntos no mesmo barco e um depende sim do outro.
Fonte: Da Redação