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sábado, novembro 23, 2024

O feijão nosso de cada dia

O feijão virou um dos maiores vilões da economia nacional, o produto que é quase como se fosse sinônimo da alimentação do brasileiro chegou a preços nos mercados do país, que nunca se imaginou. O quilo do feijão nunca foi tão caro em nosso país e o produto que antes era normal na mesa de todos nós, hoje é quase como um artigo de luxo.
Os motivos para essa explosão dos preços do feijão são vários, porém o maior deles está baseado no velho conceito da economia chamado Lei da Oferta e da Procura. No caso do glorioso feijão, na safra passada houve uma produção acima do esperado pelo mercado e os preços para a revenda nos mercados ficaram abaixo do esperado. Produtores juram que os custos de produção na safra passada não foram repostos.
Neste ano, prevendo mais prejuízos houve uma redução de área plantada de feijão em todo o país, e com isso a menor oferta do produto e o resultado um preço maior para o consumidor final. A grosso modo, o feijão não deu para quem quis.
Outro agravante é que o feijão do tipo carioquinha, o predileto dos brasileiros não é produzido em grande escala por outros países. Trata-se de um produto onde não há importação e dessa forma não tem como o governo atuar comprando no mercado externo para baixar o preço no mercado interno. Portanto, enquanto a procura for maior do que a oferta o preço vai continuar nas alturas.
Para piorar ainda mais o quadro a perspectiva nos estados produtores e ainda de redução de safra, em razão do período mais seco do ano, e que de fato prejudica a produção de feijão, que necessita de muita água durante o período de plantio e colheita. Fora isso, a safra do produto, não é mecanizada, o que torna a mão de obra mais cara do que outras culturas.
A saída, infelizmente, para quem gosta de feijão é somente uma, mudar os hábitos alimentares, ou seja, retirar o produto dos nossos almoços e jantares. Outra alternativa é substituir o carioquinha pelo feijão preto, que ainda está com um preço mais acessível ao consumidor final.
A diferença entre os dois tipos de feijão está no simples fato de que o carioquinha como já dissemos aqui não há como importar e o preto sim, o produto ainda é produzido em outros países como o México e China e justamente por isso, não se chegou a preços e valores absurdos.
Pelo que expomos aqui, o problema do feijão não será passageiro e diante dessa situação com certeza a nossa cesta básica vai ainda encarecer mais, o que nos resta é torcer para que o atual governo crie mecanismos de preços para os produtos da cesta básica não extrapolem como o caso do feijão, caso contrário, a mesa do trabalhador que não anda muito recheada deve ficar na verdade vazia, o que de fato, é ruim para todos.
Vamos torcer para que o feijão, seja o menor dos problemas para os brasileiros, que deverão vir pela frente, nos resta é torcer para que a nossa produção se supere e os preços voltem a estabilizar, para o bem da nossa mesa.

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