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sábado, novembro 23, 2024

O dia em que a Terra parou

“O empregado não saiu pro seu trabalho; Pois sabia que o patrão também não tava lá; Dona de casa não saiu pra comprar pão; Pois sabia que o padeiro também não tava lá; E o guarda não saiu para prender; Pois sabia que o ladrão, também não tava lá; E o ladrão não saiu para roubar; Pois sabia que não ia ter onde gastar”. O trecho que abre esse editorial é uma estrofe da música do cantor e poeta baiano, Raul Seixas e narra de forma fiel um sonho que ele teve em que todo o planeta parava, a música ficou conhecida como o “O Dia em que a Terra Parou”.
Na verdade esse momento musical é apenas para fazer uma reflexão do nosso país em dias em que a nossa seleção entre em campo. O Brasil naturalmente para quando o Escrete Canarinho disputa um jogo de Copa do Mundo, independente da fase da competição ou até mesmo o adversário o dia da semana em que a partir será realizada simplesmente para, as ruas de qualquer cidade brasileira ficam desertas.
Somos defensores do nosso futebol e sabedores da importância da nossa seleção e o que representa torcer pelo Brasil em um momento desses, o brasileiro realmente precisa de uma alegria para extravasar todo o sofrimento do nosso povo e nada mais justo de que esse alegria vir justamente do futebol, o esporte nacional.
Parece algo improvável, mas uma vitória em uma competição como a Copa do Mundo realmente mexe com o nosso povo, o brasileiro quando está com o ego massageado por uma vitória, vira uma verdadeira máquina de trabalhar, e ajuda ainda mais no crescimento do país. Ganhar a Copa do Mundo é como se o nosso povo recebesse uma injeção de combustível para trabalhar com ainda mais vontade.
No entanto, nem tudo são flores, a forma que o país para em jogos de Copa precisa ser revista. Concordamos que todos tem o direito de assistir os jogos da nossa seleção, se vestir de verde amarelo, decorar casas e ruas, mas é preciso rever essa paralisação sistemática em dias de jogos de seleção, principalmente quando as partidas são no período da manhã.
O que ocorre é que após o jogo nada funciona independente do resultado, se o Brasil ganha poucos vão trabalhar para comemorar a vitória e se perder também não há trabalho para lamentar a derrota, ou seja, há uma contra produção, o Brasil para por um período muito longo de forma desnecessária, a paralisação poderia ser ao menos mais curta.
O certo é ver o jogo, torcer e até comemorar, mas se lembrar de que a terra não parou, o mundo continua girando e as nossas contas não vão esperar a Copa terminar, ou seja, podemos torcer, vibrar e não se esquecer que a vida segue. Se esquecermos da vida e nos concentrarmos apenas na Copa do Mundo podemos ter prejuízos.
Defendemos a torcida, a vibração e a comemoração, mas tudo dentro dos limites do ponderável para não termos tantos prejuízos interdependente de quem ganhar a Copa do Mundo, afinal daqui a quatro anos tem mais.

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