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Rondonópolis
sábado, novembro 23, 2024

O cobertor curto

A necessidade de investir em infraestrutura principalmente em municípios como Rondonópolis é latente, o grande problema é que o cobertor é curto, o município não tem e dificilmente terá no caixa dinheiro suficiente para realizar todas as obras que precisa, que vão deste pontes até o tão esperado e sonhado asfalto do Sagrada Família. O município, usa o pouco que arrecada, no custeio da máquina, em ações básicas, como o pagamento de salários, manutenção de escolas, atendimento à saúde e a garantia do funcionamento mínimo da máquina. Sem dinheiro em caixa para esse tipo de serviço, resta aos gestores apelarem para a base parlamentar tanto estadual como federal, em busca das chamadas emendas parlamentares, que na prática é a garantia de recursos federais ou estaduais para a realização de obras; O grande problema de tudo isso, é que em muitas vezes, dependendo até mesmo da forma que venta a questão financeira do país, as emendas são diminuídas ou até mesmo cortadas, criando uma expectativa que, no fim não se concretiza e quem paga o pato são prefeitos e a população em geral que pede e necessita deste tipo de obra. Fora isso, investir em infraestrutura não é algo tão simples, as licitações para contratar os serviços são sempre complexas e devido as peculiaridades do recurso, as obras em muitas vezes andam na velocidade da liberação do dinheiro, e em muitos casos, dependendo da situação, o recurso é cortado e a obra parada, levando anos e anos para recomeçar no mesmo ritmo de antes. Portanto; é preciso analisar e buscar uma forma de otimização destes recursos sem riscos de ver uma obra importante parada da noite para o dia. Talvez, é chegada a hora de traçar uma metodologia de trabalho por parte dos municípios de valorizar as chamadas Parcerias Público Privadas, utilizando cada vez menos recursos do Estado e da União e otimizando o pouco que os municípios têm para esse tipo de obra por meio deste tipo de parceria, a grande questão é criar a confiança e o ambiente ideal para que o empresariado também passe a ser parceiro de verdade, neste tipo de investimento. Pois está mais do que claro, que se for depender de dinheiro federal e estadual por essas obras, a espera deve ser grande e vai crescer a cada ano, temos exemplos e mais exemplos deste tipo de situação aqui em Rondonópolis, um caso famoso é o viaduto da Médici que levou quase 20 anos para terminar, em razão justamente de ser uma obra via emenda federal, onde não há garantias da manutenção dos recursos até o projeto chegar ao final. As emendas em muitos casos são destinadas por fases da obra e não para o projeto inteiro. Igual a esse temos, o caso da canalização do canivete que se arrasta desde o final do último mandato do ex- -governador Blairo Maggi e até hoje ainda não foi entregue, e muitos outros. Na verdade; é passada a hora de rever esse tipo de situação, pois no final de tudo o grande prejudicado acaba sendo o cidadão que paga os seus impostos e espera o retorno em obras e melhorias.

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