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quarta-feira, março 12, 2025

Brasil é 10ª no Ranking das Maiores Economias do Mundo

O Brasil perdeu uma posição no ranking das maiores economias do mundo e agora ocupa o 10º lugar, segundo um levantamento da Austin Rating. Apesar de registrar um crescimento de 3,4% no PIB em 2024, o país foi superado pelo Canadá, que avançou no ranking e conseguiu a 9ª posição. O desempenho econômico brasileiro foi impulsionado pelo consumo das famílias, programas de transferência de renda e uma melhoria no mercado de trabalho, mas ainda assim não foi suficiente para manter a posição no cenário global.


De acordo com os dados, os Estados Unidos seguem liderando como a maior economia mundial, com um PIB superior a US$ 29 trilhões. Em seguida vêm a China, com mais de US$ 18 trilhões, e a Alemanha, com um PIB superior a US$ 4 trilhões. O Japão, a Índia, o Reino Unido e a França também figuram entre os principais países da lista, todos registrando PIB acima dos US$ 3 trilhões. A Itália aparece em 8º lugar, seguida pelo Canadá, que ultrapassou o Brasil e agora ocupa a 9ª posição. O Brasil, que fechou o ano com um PIB de aproximadamente US$ 2 trilhões, caiu para a 10ª colocação no ranking global.
Apesar do crescimento de 3,4% no ano, que representou um maior imposto anual desde 2021, o Brasil enfrentou desafios que limitaram um avanço mais expressivo. O PIB totalizou R$ 11,7 trilhões, com um PIB per capita de R$ 55,2 mil, apresentando um aumento de 3% em termos reais. O consumo das famílias, um dos principais motores da economia, avançou 4,8% em relação a 2023, impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido e juros mais baixos ao longo do ano. Já os gastos do governo cresceram 1,99%, enquanto as exportações registraram alta de 2,99% e as importações subiram expressivos 14,7%, refletindo uma maior demanda interna por produtos estrangeiros.


Um dos fatores que explicam a perda de posição no ranking global é a desvalorização do real frente ao dólar, que foi a sexta maior entre as moedas mundiais em 2024. Além disso, problemas fiscais internos e ajustes na política monetária dos Estados Unidos impactaram diretamente a atração de investimentos para o Brasil. Outro ponto crítico é a baixa taxa de investimento, que ficou em 17% do PIB – acima dos 16,4% de 2023, mas ainda distante do ideal. Países como a China e a Índia, que competem globalmente por investimentos, têm taxas de investimento superiores a 30%, o que garantem um crescimento econômico mais acelerado.


A desaceleração econômica no segundo semestre de 2024 também foi um fator determinante. O crescimento do último trimestre foi de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, indicando uma possível estagnação para 2025. Especialistas apontam que o Brasil sofre com um modelo de crescimento insustentável, baseado no aumento de consumo e gastos públicos, sem reformas estruturais que incentivam a produtividade e a competitividade global.


A perda de posição no ranking das maiores economias do mundo pode afetar a imagem do Brasil no cenário internacional. O país perde atratividade para investidores estrangeiros, já que mercados emergentes que apresentam maior crescimento e estabilidade fiscal tendem a ser priorizados. Além disso, a desvalorização do real impacta diretamente a competitividade das empresas brasileiras no comércio exterior, tornando-se especificamente mais caras e influenciando a inflação.


Outro reflexo negativo é a dificuldade do Brasil em consolidar uma trajetória de crescimento sustentável. A baixa taxa de investimento e a falta de reformas estruturais dificultam o avanço econômico de longo prazo, mantendo o país dependente de ciclos de consumo interno e estímulos governamentais. Com um cenário global incerto, incluindo a guerra comercial entre Estados Unidos e China e possíveis mudanças na política econômica americana, o Brasil pode enfrentar desafios ainda maiores para manter um crescimento sólido em 2025.


Apesar da perda de posição, há aspectos que podem ser considerados positivos. O crescimento de 3,4% do PIB em 2024 superou as expectativas iniciais, mostrando que a economia brasileira declarou resiliência em um ano de desafios globais. Além disso, a taxa de investimento apresentou uma leve melhoria, e setores como tecnologia, energia renovável e infraestrutura ainda oferecem potencial de crescimento.


Outro ponto favorável é que, mesmo com a desvalorização do real, isso pode beneficiar as exportações brasileiras, tornando os produtos nacionais mais competitivos no mercado externo. O agronegócio e a indústria de commodities, por exemplo, podem se fortalecer caso o país consiga ampliar suas relações comerciais e diversificar seus mercados de exportação.


Além disso, a perda de uma posição no ranking pode servir como um alerta para a necessidade de reformas estruturais urgentes. Se o Brasil conseguir implementar políticas que incentivem a produtividade, reduzam a burocracia e aumentem a eficiência do setor público, o país poderá criar bases mais sólidas para voltar a crescer de forma sustentável nos próximos anos.


A projeção para 2025 aponta um crescimento mais modesto, o que pode dificultar ainda mais a recuperação do Brasil no ranking global. O Ministério da Fazenda já indicou que o crescimento do primeiro trimestre pode ser positivo, mas a economia deve desacelerar ao longo do ano devido a fatores como a manutenção de juros elevados e incertezas no cenário internacional.


Para recuperar espaço entre as maiores economias do mundo, o Brasil precisará acelerar investimentos, melhorar sua produtividade e reduzir entraves burocráticos que afastam investidores. O avanço do Canadá pode ser explicado por políticas de incentivo à inovação, investimentos estratégicos e maior integração comercial com os Estados Unidos. Enquanto isso, o Brasil ainda enfrenta desafios como inflação persistente, juros elevados e um ambiente de negócios pouco competitivo.

Fonte: Da Redação

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