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quinta-feira, fevereiro 27, 2025

O Alerta de Ananias Filho para a Direita em Mato Grosso

A política mato-grossense começa a ferver nos bastidores, e o Presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, já acendeu o sinal de alerta.

Se a direita não apresentar um projeto unificado para 2026, há um risco real de perder espaço para candidaturas progressistas.

A preocupação não é infundada, e os movimentos recentes no tabuleiro político indicam que a fragmentação pode ser o maior inimigo do próprio PL.

A declaração de Ananias veio durante o Encontro dos Prefeitos, organizado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Questionado sobre as articulações para um projeto único que una a direita bolsonarista ao grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil), o dirigente foi enfático: ou se constrói uma estratégia conjunta ou a direita pode sair enfraquecida.

A questão central é que, apesar do crescimento do PL no estado, a sigla ainda fica atrás do União Brasil em número de prefeitos eleitos.

E quem acha que Mauro Mendes trocaria o União pelo PL está redondamente enganado.

Pelo contrário, a legenda governista deve se fortalecer ainda mais com a provável candidatura de Mendes ao Senado e da primeira-dama, Virgínia Mendes, à Câmara Federal.

Com a máquina pública estadual nas mãos, a legenda tem potencial para dobrar sua bancada federal para quatro deputados e ampliar de quatro para seis o número de cadeiras na Assembleia Legislativa.

Já o PL enfrenta outro dilema: o impacto dos novos desdobramentos da denúncia contra Bolsonaro, que pode afastar alguns políticos que, até então, surfavam na onda bolsonarista.

O cenário político em Mato Grosso revela que o PP, liderado pelo empresário e ex-senador Cidinho dos Santos, será uma peça-chave para 2026.

Com sua influência e capacidade de articulação, o partido pode desempenhar um papel decisivo, seja optando por fortalecer a direita, seja alinhando-se à esquerda.

Esse protagonismo coloca o PP em uma posição estratégica, capaz de inclinar o jogo político em qualquer direção, dependendo das alianças que decidir construir.

Enquanto isso, o Republicanos já tem seu pré-candidato ao Palácio Paiaguás: o vice-governador Otaviano Pivetta.

E onde entra o pesadelo de Ananias Filho?

No possível ingresso do empresário Odílio Balbinotti no PL, com interesse em disputar o governo estadual.

Esse movimento pode gerar uma rachadura profunda dentro do partido, que já tem como pré-candidato o Senador Wellington Fagundes.

Fagundes, apesar de alinhado à cúpula nacional do PL, encontra forte resistência entre os bolsonaristas mais ferrenhos, que inclusive tentam desmobilizar essa pretensão do Senador.

Em meio a esse jogo de xadrez, o PL se vê mais próximo da desintegração do que da unificação.

O que deveria ser um movimento estratégico para consolidar a direita no Estado tem se tornado um campo minado de disputas internas.

Enquanto isso, a ala progressista, coesa e organizada, avança silenciosamente.

O recado é claro: sem unidade, não há vitória.

O alerta de Ananias Filho vai além de um simples diagnóstico político; é um chamado à ação para que os líderes da direita em Mato Grosso deixem de lado interesses individuais e, juntos, construam um projeto sólido e unificado. A história já mostrou que divisões internas são o caminho mais curto para a derrota.

Se o PL quer evitar o mesmo destino, a hora de agir é agora.

A política não perdoa os indecisos, e 2026 está logo ali.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores*

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