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sábado, novembro 23, 2024

Novos medicamentos com mais chances de cura para hepatite C chegam em MT

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) começou a receber os novos medicamentos para hepatite C, que serão disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SES). A nova terapia é composta pelos medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir, e aumenta as chances de cura, além de diminuir o tempo de tratamento aos pacientes.

Até o momento foram repassados pelo Ministério da Saúde, 7.644 comprimidos de daclastavir e 9.100 comprimidos de sofosbuvir. De acordo com a superintendente de assistência farmacêutica da SES, Juliana Almeida, neste primeiro momento não será possível a cobertura total dos pacientes, uma vez que o Ministério da Saúde está atendendo 50% do que foi solicitado por cada estado.

“Para esse início de tratamento serão atendidos apenas alguns pacientes que já possuem os critérios especificados pelo protocolo, mas a expectativa é de que o Ministério da Saúde envie mais doses dos medicamentos até o final do ano”, explica.

Para a liberação destes novos medicamentos, os pacientes devem atender os critérios de indicação descritos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatites C e Coinfecções, do Ministério da Saúde.

Entre os critérios estão: ter fibrose hepática avançada, já ter feito o exame de genotipagem do HCV e apresentar insuficiência hepática e ausência de carcinoma hepatocelular.

Os novos medicamentos vão beneficiar também pacientes que não se curaram com os tratamentos ofertados anteriormente ou que não podiam receber, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV.

“Nós vamos garantir o acesso aos medicamentos, mas precisamos ressaltar que não são todas as pessoas que contraíram o vírus da hepatite C que serão medicadas com essa nova terapia, é preciso ter uma recomendação estabelecida por protocolo e avaliação médica”, afirma a superintendente.

Juliana esclarece que ainda não é possível especificar a data que os medicamentos estarão disponíveis para os pacientes na rede pública de saúde.

“Estamos aguardando o Ministério da Saúde repassar o quantitativo do simeprevir, para começar a distribuir os medicamentos. A previsão é que os pacientes de Mato Grosso comecem o tratamento com as novas medicações”.

Para garantir melhor estrutura e organização em todo o processo, a equipe da área de vigilância em saúde da SES, tem conduzido reuniões e capacitações com a rede de saúde, como os serviços de referência e especializados.

“Temos realizado reuniões com as áreas técnicas e profissionais envolvidos com o programa de assistência e tratamento das hepatites virais, e durante o mês de novembro serão feitas capacitações para discutir o novo protocolo clínico que já está sendo divulgado”, explica a coordenadora de vigilância epidemiológica da SES, Flávia Guimarães, ressaltando que o fluxo para dispensação de medicamentos está em fase final de elaboração.

De acordo com ela o fluxo definirá a competência de cada serviço e unidade de saúde envolvida no processo.

Números

Em Mato Grosso, de janeiro a outubro de 2015, foram notificados 101 casos de hepatite A, 399 casos de hepatite B e 53 casos de hepatite C. Além disso, somente nos primeiro semestre de 2015 foram realizados 32.274 exames sorológicos para hepatite B e 15.601 para hepatite C.

A hepatite é causada por vírus e compromete o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. As hepatites virais mais comuns e consideradas as mais graves são a A, B e C, entretanto, há outros tipos como os vírus D e E.

A transmissão da hepatite A ocorre pela transmissão fecal-oral ou por água e alimentos contaminado. Os vírus tipo B e C são transmitidos por meio da relação sexual desprotegida, transfusão de sangue e derivados contaminados, uso de drogas, compartilhamento de seringas agulhas, escova de dentes, lâmina de barbear e outros objetos.

Medidas de prevenção como adotar uso de preservativos em todos os tipos e em todas as relações sexual, além de não compartilhar utensílios pessoais são fundamentais para não ser contaminado. No caso da hepatite B é preciso manter o esquema vacinal, com as três doses, em dia.

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