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sexta-feira, novembro 22, 2024

Novo embate pela frente

Quem acredita que os debates em torno da reforma da previdência chegaram ao final, está enganado. Pois, em breve, teremos pela frente mais um round dessa reforma, o alvo agora são os estados e municípios que obrigatoriamente deverão fazer a chamada reforma interna.
Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM) , disse a imprensa cuiabana que os deputados estaduais estão prontos para fazer a reforma da Previdência.
No entanto isso ainda depende do relator da matéria no Senado, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que propôs uma Emenda Constitucional (PEC) paralela para inclusão de Estados e Municípios. Caso essa medida passe os estados e municípios estariam livres de fazer a reforma própria, no entanto, caso não haja essa mudança com certeza haverá debates intensos principalmente entre governo e servidores públicos.
A tônica dos debates é que ninguém pode perder direitos adquiridos e que há sim casos de aposentadorias no Poder Público, nas esferas estaduais e municipais, que precisam de um novo estudo.
Na questão estadual, a reforma da previdência se faz mais do que necessária, por um simples fato. O governador Mauro Mendes (DEM), garante que o déficit da previdência de Mao Grosso é de R$ 100 milhões mensais cobertos com recursos da Fonte 100, que são recursos da receita própria do Estado que poderiam ser utilizados para investimentos em áreas de saúde, educação, infraestrutura e saúde, por exemplo.
Mauro foi didático em explicar o que podemos chamar de caos. “Todo mês temos R$ 100 milhões de prejuízo com a previdência. O servidor contribui com 11% e o Estado contribui com 22%. Somamos essas duas contribuições e faltam R$ 100 milhões. Sabe de onde sai isso? Do seu bolso e dos impostos que pagamos. Todo mês a situação fica pior e temos que mudar isso”.
No município o problema não é tão grave, pois a receita previdenciária municipal é superavitária e garante os recursos necessários para pagar os aposentados e ainda há sobras.
O problema é que em longo prazo, o problema pode piorar, pois a tendência com o passar dos anos é um possível aumento da cadeia de aposentadorias e dependendo do volume de contratações , via concurso, pelo município uma diminuição nas contribuições.
O embate com os servidores do Estado e do Município deve ser pesado, pois de um lado há direitos adquiridos e de outros há uma clara necessidade de rever os gastos com a previdência.
Nesta briga, nós não queremos vencedores ou perdedores e sim o melhor para o nosso Estado e nossa cidade e, neste caso, é aguardar e esperar para ver. Nossa torcida é pelo time de Mato Grosso e de Rondonópolis, por nossa saúde, nossa educação, nossa segurança, nossa infraestrutura e , principalmente, por nossos servidores.

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