Brasília – As novas cédulas de R$ 50 e R$ 100 a serem lançadas hoje (3) pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começam a circular ainda no primeiro semestre deste ano, segundo informou o Banco Central. As notas de menor valor – de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20 – serão trocadas gradualmente até 2012.
O lema da campanha de lançamento é “O Real Ficou ainda Mais Forte”. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, também participa da cerimônia. As cédulas são assinadas por Guido Mantega e Henrique Meirelles.
nova série de notas entrará em circulação gradualmente até 2012, mas as notas em circulação continuarão a valer até a substituição integral.
"[A mudança] é necessária porque temos que emitir cédulas que sejam mais seguras, que possam evitar procedimentos de falsificação que podem ocorrer com cédulas mais simples", afirmou Mantega. "Estamos emitindo cédulas de ultima geração que são compatíveis com as mais modernas do mundo, como o euro e o dólar".
O presidente do BC afirmou que as novas notas de R$ 50 e R$ 100 serão as primeiras a circular, no primeiro semestre.
"Quando o real foi introduzido, em 1994, isso foi feito de uma forma rápida, portanto o projeto de consolidação e emissão de uma moeda agora com características de longo prazo é natural", afirmou Meirelles.
As novas notas têm impressão superior e elementos de segurança como a marca d'água foram redesenhados de forma a facilitar a identificação pela população e dificultar a falsificação.
Nas notas de R$ 50 e R$ 100 foi incluída uma faixa holográfica com desenhos personalizados por valor o que, de acordo com o BC, é um dos mais sofisticados elementos anti-falsificação existentes.
O projeto das novas cédulas vem sendo desenvolvido desde 2003 pelo Banco Central e pela Casa da Moeda do Brasil. As notas atenderão ainda a uma demanda dos deficientes visuais, já que poderão ser identificadas por seus tamanhos diferentes e terão marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às já existentes.
A Casa da Moeda modernizou seu parque fabril para poder produzir as novas moedas. Com isso, de acordo com o Banco Central, o órgão tem tecnologia para imprimir hoje qualquer moeda existente no mundo, incluindo o dólar e o euro.
Mudanças
As novas notas mantiveram as mesmas cores das antigas e os mesmos animais. Os tamanhos serão diferentes, a de R$ 2 é a menor, a de R$ 5 um pouco maior, e assim sucessivamente, a exemplo do euro.
A frente da cédula está visualmente mais limpa, mantida a efígie da República. A cédula ganhou, do lado direito, uma faixa com o valor da nota escrito e, do lado esquerdo, um grafismo com figuras do habitat de cada animal –a nota de R$ 100, por exemplo, que tem uma garoupa no verso, ganhou na frente figuras que remetem ao mar.
No verso, as figuras de animais foram modificadas e estão agora na horizontal. A nota de R$ 50, por exemplo, traz a mesma figura da onça pintada, agora deitada sobre uma pedra.
Fonte:Ag.BRasil/Uol notícia