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segunda-feira, novembro 25, 2024

Nova presidente do Sintep em Rondonópolis convoca educadores a lutarem por direitos

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) realizou ontem (15) eleições gerais para a escolha da nova diretoria estadual, dos 15 diretores regionais e também das subsedes do sindicato nos municípios, para a gestão do triênio 2022 a 2025. Valdeir Pereira foi reeleito presidente estadual, Bartolomeu Basilli vai dirigir a regional Sul e Antonia Aparecida Oliveira Aguiar foi eleita para presidir a subsede do sindicato em Rondonópolis.

O sindicato tem subsedes em 140 municípios e 75% deles renovaram as diretorias ontem, tornando o processo eleitoral um dos maiores do Estado. Em Rondonópolis cerca de 740 profissionais estavam aptos a votar e não foram registrados incidentes ao longo dia.

Eleita com mais de 99% dos votos válidos, Antonia Aparecida será a primeira Técnica Administrativa Educacional à presidir a subsede no município. Ela agradeceu os votos e disse que a eleição também ajudou a divulgar o sindicato.

“A pandemia desmobilizou os trabalhadores no Brasil inteiro. Neste período tivemos a posse de muitos concursados que estão iniciando a carreira e ainda não conhecem bem o trabalho do Sintep. Durante a campanha e também ontem, muitos aproveitaram para se filiar e obter mais informações sobre as vantagens de ser sindicalizado”, destacou.

Antonia também afirmou que o processo eleitoral serviu para que todos refletissem sobre os a necessidade de se articular visando a luta contra o achatamento salarial e os ataques aos direitos trabalhistas.

“De agora em diante precisamos adotar novas estratégias para aglutinar os trabalhadores, ir para as ruas e travar as lutas pelos nossos direitos”.

A posse dos eleitos estatutariamente acontece no dia 29 de junho, data em que se comemora também os 57 anos de fundação do Sintep-MT. Antonia informou, que para antes disso, a categoria já tem uma agenda de mobilização na próxima semana.

“No próxima quarta-feira (22) vamos participar da paralisação convocada pelo Fórum Sindical para pressionar o governo a conceder Reajuste Geral Anual (RGA). EM Rondonópolis, devemos organizar uma caravana para representar o município  bem como a regional, nos atos que serão realizados em Cuiabá”, disse ela.

QUEM É A NOVA PRESIDENTE

A nova presidente da subsede do Sintep em Rondonópolis nasceu aquela época no distrito de Cocalinho, zona rural de Barra do Garças. Filha de trabalhadores rurais, teve seu primeiro trabalho remunerado como  empregada doméstica para ajudar a família e desde cedo teve o incentivo dos pais para estudar.

“Aprendi com meus pais que a Educação dava-me uma perspectiva de ter uma vida mais justa e estudando, observando a lida dos meus pais, descobri que havia uma luta de classes em que os pobres, como nós, eram explorados. Isso despertou em mim uma sede por justiça social”, disse ela à reportagem do Regional MT.

Antonia foi a primeira de sua família e também da comunidade rural onde vivia a conseguir um diploma de ensino superior. Formada pela UFMT conseguiu seu primeiro emprego na esfera pública, na rede municipal de Barra do Garças, tempos depois prestou concurso para a rede estadual de ensino (SEDUC-MT) e assumiu justamente na escola onde estudou quando criança. Em 2000, se filiou ao Sintep-MT.

“Vi no sindicato a possibilidade de fazer a resistência e contribuir na construção de uma sociedade mais justa. O sindicato é o espaço que dá voz e sustentação aos nossos sonhos e, através dele, já conseguimos muitas conquistas”, afirma.

A primeira função sindical foi exercida ainda na subsede do Sintep em Barra do Garças, em 2016. No ano seguinte ela foi transferida para Rondonópolis e lotou na escola Daniel Martins de Moura, na Vila Operária onde trabalha até hoje. Atualmente Antonia Aparecida é vice-presidente da subsede no município.

“Tenho muito orgulho da minha trajetória e imensa gratidão pelo Sintep. Tenho tido uma sólida formação sindical e me sinto responsável por devolver isso me empenhando na conscientização da classe”.

“Além de me esforçar para ampliar o número de filiados, buscaremos o envolvimento de todos em nossas lutas. Precisamos nos organizar para reagir ou seremos patrolados por esse sistema opressor”, ressalta.

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