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Empresa sediada em Rondonópolis qualifica mão-de-obra

Uma as metas da administração do município é dar oportunidade de educação e crescimento profissional aos cidadãos. Com o processo e industrialização muitos rondonopolitanos têm a possibilidade de conseguir bons empregos e elevar a renda familiar. Há dois anos, a Santana Têxtil se instalou na cidade e trouxe novas perspectivas aos trabalhadores locais, pois a oferta de emprego começou desde o projeto de construção da fábrica. Hoje, são aproximadamente 350 colaboradores que trabalham nas mais diversas áreas.
De acordo o gerente administrativo, Octávio Justa, no início das atividades, o departamento de recursos humanos teve dificuldade em recrutar trabalhadores, porque na época buscava especialistas na área de produção têxtil. Como não encontrou, possibilitou que trabalhadores sem formação específica fossem para o Ceará fazer cursos de qualificação.
Leonard Ofsviana, 21 anos, foi um dos selecionados para fazer o curso em Fortaleza, na época ele cursava o ensino médio na Escola do Jardim Atlântico. Sem o currículo em mãos, ele perguntou à equipe que visitava a escola, de que maneira poderia participar da seleção. A responsável explicou que ele poderia escrever os dados pessoais na folha de caderno mesmo e já estaria inscrito para o processo. Leonard, que sempre se preocupou em fazer cursos de informática, não perdeu tempo, anotou tudo o que pôde. Em poucos dias, recebeu a convocação. Passou três meses no nordeste para se aperfeiçoar. Quando voltou, foi trabalhar como auxiliar de produção, depois disso, já subiu de cargo duas vezes e, atualmente é laboratorista. Os rendimentos acompanham o crescimento profissional e, por isso, ele deseja mais. “Eu continuo fazendo cursos de qualificação, estudo contabilidade básica no Ceprotec, pretendo fazer faculdade e tento aproveitar todas as oportunidades que a empresa me proporciona”, disse Leonard.
Luiz Cláudio de Melo, 27 anos, sempre gostou de trabalhar como segurança e por isso fez vários cursos de formação na área. O gosto por essa atividade rendeu a ele um emprego fixo, com carteira de trabalho assinada e renda mensal garantida, no cargo de encarregado de portaria e vigilância. “Esse trabalho me proporcionou estabilidade profissional e melhorou muito a minha vida e da minha família”, disse ele.
Com esses exemplos, Octávio assegura que a indústria de produção têxtil está aberta a trabalhadores que queiram se especializar e têm o objetivo de crescer como profissional. Além disso, oferta vagas a menores aprendizes. E para isso, conta com o apoio do Sine, Senai, Ceprotec, Fiemtec e outras instituições de formação técnica.
A empresa passa por um processo de ampliação e pretende empregar mais 50 trabalhadores locais até o final deste ano. Para o ano que vem, a meta é compor um quadro de funcionário com, no mínimo, 500 pessoas. “Pretendemos ser o maior empregador direto em Rondonópolis”, reforçou. Segundo ele, dinamismo e responsabilidade são as palavras-chave para conseguir um bom emprego.
A Santana Têxtil ocupa uma área de 20 hectares, consome 900 toneladas de algodão por mês para produzir 850 toneladas de fio e 1,3 milhão de metros de tecido. Em 2009 vão ser produzidos 2 milhões de metros de tecido, que serão exportados para o sul e o sudeste do país, onde estão as indústrias de confecção. Otávio lembra que para alcançar os objetivos da empresa, o apoio da Prefeitura Municipal e os incentivos concedidos em parceria com o Conselho Diretor da Política de Desenvolvimento Industrial (Codipi) foram fundamentais.
O algodão consumido pela fábrica é todo produzido na região de Rondonópolis, o que possibilita a geração de outros empregos nas lavouras do Estado.
A prefeitura, em parceria com o Codipi continua o trabalho de atração de novos investimentos no setor industrial e de empresas que queiram se instalar em Rondonópolis. Pensando na geração de empregos que as novas indústrias vão possibilitar, a administração intensifica as ações para a construção do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), para que os trabalhadores de Rondonópolis e região tenham a oportunidade de fazer cursos técnicos e estarem aptos quando as vagas surgirem. Inclusive, uma equipe da secretaria municipal de Educação fez uma pesquisa nas empresas locais para identificar quais os técnicos que o mercado precisa. E assim, definiu os cursos que podem ser oferecidos pelo Cefet, dentre eles, o de produtor têxtil. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Elio Rasia, explica que, com a chegada de mais uma indústria deste setor têxtil, as ofertas de trabalho vão crescer consideravelmente, contribuindo com o desenvolvimento dos cidadãos e do município.
O Cefet será construído na Vila Mineira e vai formar cerca de mil profissionais até 2012. O projeto da obra já foi apresentado ao prefeito e deve iniciar ainda este ano, para que, em 2010 os alunos já estejam em sala de aula.
Redação/Ascom

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