As autoridades públicas de todo o planeta nunca levaram a sério os alertas dados pelas entidades ambientais em relação às mudanças climáticas. Muitos desses alertas foram tratados com ironia por governantes em diversas esferas. No entanto, o que vemos no Rio Grande do Sul é a prova viva de que muitas dessas entidades estavam certas em alertar sobre as mudanças climáticas. O mundo mudou e o clima mudou. E o planeta, especialmente no âmbito político, precisa entender melhor essas mudanças.
Um melhor entendimento poderia ter evitado o que aconteceu no Rio Grande do Sul. Não o desastre natural em si, mas as consequências dele na vida das pessoas. Seria possível fazer um planejamento mais específico para evitar que tantas áreas alagadas afetassem um número tão grande de pessoas, gerando prejuízos financeiros e, principalmente, perdas de vidas durante essa tragédia.
Nossa cidade de Rondonópolis já viveu grandes enchentes nos anos 70 e 80, inclusive com desabrigados, mas isso diminuiu nas últimas décadas devido aos muitos investimentos feitos na contenção do córrego Arareau e do Rio Vermelho. No entanto, isso não significa que estamos livres da força da natureza.
Está na hora de nossos pré-candidatos a prefeito buscarem estudos para garantir que nossa cidade não enfrente riscos semelhantes aos que ocorrem em cidades do Rio Grande do Sul. Apesar de ser cortada por um rio, Rondonópolis pode ser considerada uma cidade segura nesse aspecto. As últimas enchentes do Rio Vermelho não deixaram desabrigados em nossa cidade.
Mudanças foram feitas nas regiões ribeirinhas da cidade, incluindo a retirada de famílias para outras localidades, mais distantes e fora dos riscos de enchentes. No entanto, é preciso também criar uma política ambiental em Rondonópolis para a preservação das nossas nascentes e rios. Sabemos que a Secretaria do Meio Ambiente tem feito muito, mas é necessário fazer mais e investir mais, principalmente em pesquisa, para trazer o melhor para a população nesse quesito.
Também é fundamental considerar a educação ambiental da nossa população. Esse quesito está sendo trabalhado em nossas escolas e já está gerando os primeiros reflexos: pessoas mais preparadas e com o intuito de promover o desenvolvimento da nossa cidade, pensando primeiro no meio ambiente.
Vale ressaltar que, além da época das chuvas, temos também a época das secas, que em Rondonópolis nos últimos anos tem sido muito intensa, gerando prejuízos econômicos e impactos na saúde da população. No entanto, estamos percebendo que, ao longo dos anos, a Secretaria de Meio Ambiente e a Defesa Civil, principalmente no combate às queimadas, têm mostrado competência e conseguido evitar o pior em nossa cidade durante o período das secas.
Em resumo, devemos permanecer alertas tanto na época das chuvas quanto na época das secas. Não podemos brincar com a natureza.
Fonte: Da Redação