O investimento em infraestrutura sempre foi uma cobrança da sociedade no geral, principalmente por parte do empresariado brasileiro, e em todos dos setores. Estamos vendo nesta pré-campanha a Presidente uma grande discussão, em torno da participação do Estado, em investimentos.
Há grupos, que defendem o chamado Estado Mínimo, onde o Governo pouco ou nada influencia no dia a dia do mercado e nos investimentos. Nesta seara, caberá ao empresariado tomar as rédeas dos investimentos e em contrapartida, ter uma carga tributária menor, ou de acordo com o que o governo investe.
Na verdade, essa situação não deixa de ser utópica, pois o Brasil ao contrário dos grandes países liberais como os Estados Unidos ou Inglaterra ainda é carente em infraestrutura e logística.
Nosso país, não tem, por exemplo, transporte que funcione a contento, pois as nossas estradas ainda precisam de melhorias de mais asfalto, de mais pistas, de mais sinalização. Nossas ferrovias são poucas ou precárias para atender um país de proporções continentais como o Brasil e precisam de maiores investimentos, pois a malha ferroviária ainda não chega de maneira adequada aos rincões de produção.
Um exemplo está aqui perto de nós, a cidade de Rondonópolis, apesar de estarmos com a ferrovia em nossa porta, ainda é preciso fazer muito em termos de infraestrutura; a tão sonhada duplicação ainda até Cuiabá é de suma importância, o nosso aeroporto, ainda precisa de uma gama considerável de investimentos para poder atender a demanda e com toda a certeza tudo isso depende de gastos públicos, pois a iniciativa privada não tem qualquer condição de tocar esses projetos por conta própria.
A realidade é que o Brasil, e principalmente o interior do país, precisa e muito de investimento e ajuda do Poder Público e neste momento, quanto menor for o investimento do Estado, maior o atraso que corremos risco de ver o nosso país sofrer.
No entanto é preciso sim fazer um adendo, a corrupção desenfreada das últimas décadas contribuiu e tem contribuído e muito para que a nossa infraestrutura chegasse a esse ponto. Podemos dizer com toda a certeza que se não houvesse corrupção a tão sonhada duplicação já teria terminado, o aeroporto não estaria tão defasado e a nossa malha ferroviária estaria atendendo todos os pontos da nação, nós estaríamos a um passo de ser uma potência econômica como os Estados Unidos e as grandes nações da Europa.
E para completar teríamos uma educação e saúde de ponta como manda as regras dos países desenvolvidos e esse assunto de Estado Mínimo nem precisa estar na pauta de discussão, já que estaria comprovada a eficiência do Poder Público em todos os setores.