O esporte de modo geral nunca foi visto pela classe politica, principalmente na esfera nacional, como fator primordial para o desenvolvimento de um país. Investir em esporte, na verdade, é garantir qualidade de vida a população e a formação de cidadãos mais comprometidos e com o conhecimento mais preciso das regras do dia-a-dia, pois na maioria dos países que são considerados potências esportivas, os índices de corrupção são baixíssimos, se comparados ao Brasil. O esporte ajuda sim a formar o caráter.
No Brasil, o esporte fica em segundo plano quando é visto como canal de formação humana em outros países, na realidade, a política brasileira, vê o esporte apenas como um adereço quando forma atletas de ponta ou quando tem uma geração de desportistas de ponta em determinado esporte como o vôlei de Bernard, Willian, Montanaro até a geração de Bernardinho como técnico, o mesmo vale para o basquete da Paula e Hortência ou o tênis de Guga para citar alguns exemplos.
Na verdade, o Brasil deveria adotar o exemplo de Cuba e dos Estados Unidos, nestes países, o esporte não é um adereço e sim uma ferramenta de formação e educação, atletas de ponta dos Estados Unidos como Micheal Jordan, apenas para citar um caso, não foram formados nas ruas e sim nas escolas e universidades americanas.
Nos Estados Unidos, um atleta precisa estudar para continuar a carreira, mesmo sendo talentoso. Ou seja , ele além de ser atleta termina o seu ciclo de formação educacional com uma formação, dando condições para a sua família e uma melhor formação cultural.
No entanto, para um astro do basquete chegar ao topo, ele precisa passar por uma escola do ensino médio e por uma universidade, somente depois destes dois passos, o mesmo pode ser contratado para jogar em um time profissional de basquete, futebol ou hóquei.
Um atleta de ponta americano não é apenas um praticante de esporte, é muito mais, ele antes de entrar em uma quadra e ser ovacionado pelo público, precisa apresentar um diploma de médico, engenheiro, advogado ou economista. Isso motiva a mais e mais jovens a praticarem esporte e garantirem um futuro melhor, além da carreira de atleta que geralmente é curta.
Vale destacar ainda que esses atletas não vão para faculdades menores e sim para as grandes universidades americanas que tem interesse em investir na educação destes atletas, pois o fato de ter formado um Michael Jordam, por exemplo, torna a referida escola uma referência e conhecida internacionalmente. Porém, o atleta que vai mal nas notas perde o direito de continuar na universidade e tem a carreira profissional prejudicada.
O Brasil precisa rever o modelo de atrelar o esporte à educação, precisa ir além de colocar a disciplina de educação física em seus currículos escolares, precisa trabalhar em uma formação completa, além de uma aula semanal de esportes.
O modelo cubano também não foge do americano com a diferença em que os atletas de Cuba, mesmo saindo das universidades são considerados amadores.
No entanto, o que de fato temos que destacar e lembrar é que o modelo brasileiro de política esportiva está superado, podemos até termos estrelas do esporte, mas da forma que o país está conduzido o processo não estamos dando condições de uma melhor formação de mais atletas e o condições de todos crescerem muito além do esporte.