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segunda-feira, novembro 25, 2024

MT continuará crescendo

Depois de um ano espetacular para o agronegócio estadual, cenário segue traçando boas projeções

A receita agropecuária de Mato Grosso cresceu mais de 20% em 2012 e continuará em ascensão no próximo ano.

A demanda do mercado consumidor por grãos e a retomada das exportações de carnes para a Rússia desenham um ano de novos recordes e, quem sabe?, Dependendo do balanço da safra sul-americana de grãos, novos picos de preços, especialmente à saca da soja, poderão ser registrados ainda no primeiro semestre.

A perspectiva para 2013 é de que a soja volte ao papel de destaque do agronegócio estadual, após dois anos em que o milho foi a grande vedete dos campos, quebrando recordes de preços, produção e área plantada. Se tudo correr bem no novo ano, a oleaginosa voltará a sustentar sozinha mais de 50% do Valor Bruto da Produção (VBP) mato-grossense.

O balanço das principais commodities e as expectativas para 2013 foram apresentados ontem, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

Como destaca o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, “o ano de 2012 foi espetacular para o agronegócio mato-grossense de modo geral, já que fica o saldo de recordes de produção, VBP e consequente geração de renda e empregos pelo Estado afora. O ano de 2012 vai deixar saudade para o segmento”, resume.

Conforme análise do Imea, o segmento encerra 2012 com um VBP – que é a riqueza gerada dentro da porteira multiplicando o volume produzido pelas médias de preços do mercado – de R$ 35,16 bilhões, recorde histórico e 22% maior que o contabilizado no ano anterior, R$ 28,81 bilhões.

Considerando o cenário atual e seus indicadores, o Imea projeta que o VBP 2013 – que também agrega o desempenho de dez atividades do segmento, tanto da agricultura, quanto da pecuária – feche em torno de R$ 35,84 bilhões, cifras que, se confirmadas, levam a um crescimento de 2% sobre o realizado em 2012.

“Crescer 2% sobre um recorde e ainda impor outro recorde é para poucos. O importante é que nossa projeção, considerada bastante pé no chão, deixa espaço para reações, especialmente do milho, bovinos e aves. Apenas calculamos reveses no arroz e no algodão. Essa projeção de VBP, dentro da leitura que o cenário nos permite, só tende a crescer no decorrer de 2013. Não vemos, pelo menos hoje, lacunas para que esses R$ 35,84 bilhões não se confirmem”.

Celidônio acredita ainda que diante dos indicadores macroeconômicos, como a redução das taxas de juros, haja arrefecimento nos ganhos gerados pelo mercado financeiro e que com esta brecha a atividade possa ser vista como um investimento atrativo. “Acredito que nos próximos dez anos, mesmo com o risco inerente da atividade, se mostre uma aplicação atrativa frente às opções do mercado”.

CULTURAS – Como destaca o analista da cadeia de grãos do Imea, Cleber Noronha, o cenário descrito à soja para o primeiro semestre de 2013 não indica nenhum fator de negatividade e pode se manter altista, caso a safra da América Latina (Brasil, Argentina, Paraguaia e Uruguai) tenha problemas e não possa suprir o mundo, na medida em que se faz necessário.

A participação da soja no VBP de 2013 aumentará para 53%, ante os 43% registrados em 2012. O faturamento da oleaginosa no próximo ano deve alcançar R$ 18,85 bilhões, representando crescimento de 24% em relação a 2012 (R$ 15,21 bilhões). A soja é a cultura com melhor desempenho previsto para 2013. Enquanto a estimativa do VBP para o milho, algodão e a bovinocultura é negativa.

Fonte:Aprosoja

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