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quinta-feira, outubro 10, 2024

Motociata de Bolsonaro tem críticas ao acordo entre TSE e Watsapp

O presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu ontem (15) uma motociata com a participação de 3.707 motociclista. O número foi registrado pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e a SLT (Secretaria de Logística e Transportes), que administram o serviço de pedágio na região.

O total de participantes é 44% menor que o registrado em 12 de junho do ano passado, quando houve a primeira passeada em São Paulo. Na época, o pedágio registrou a participação de 6.661 veículos.

Os números dados foram coletados nas praças de pedágio da AutoBAn, através do Sistema MIP (Monitoramento de Informações de Pedágio). O evento desta sexta, chamado de Acelera para Cristo, iniciou próximo ao Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, e teve como destino final a cidade de Americana, no interior do estado.

O evento foi marcado por críticas ao acordo entre WhatsApp e TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, para muitos especialistas, teve característica de campana eleitoral antecipada – o que é proibido pela legislação eleitoral.

"Trata-se de um passeio do presidente com seus apoiadores e com evidente manifestação política por palavras e ações. O evento não se confunde com um ato de governo, já que a motociata não faz parte de nenhuma política pública e muito menos representa um desfile cívico", afirmou Renato Ribeiro de Almeida, doutor em direito pela USP (Universidade de São Paulo) em entrevista ao portal UOL.

"Como uma motociata é algo que pode ser realizada em uma campanha, ela não é ilegal de antemão. É necessário verificar o que ocorreu durante o evento. Se houve pedidos para que se vote em A ou para que não se vote em B, aí vira um evento eleitoral", acrescentou Fernando Neisser, doutor em direito penal pela USP.

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