O ministro Antonio Saldanha Palheiro, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, negou pedido de liberdade em habeas corpus formulado pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, preso em consequência da Terceira fase da Operação Sodoma. Com a decisão, datada desta quarta-feira (27), o ex-chefe do Poder Executivo seguirá preso com seu filho, Rodrigo Barbosa, no Centro de Custódia da Capital.
Silval está preso desde setembro de 2015 e cumpre medida decretada pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, durante a terceira fase da Operação Sodoma. Ele é acusado de liderar um esquema de corrupção que consistia na cobrança de propina a empresários do Estado para a manutenção de contratos de incentivos fiscais ilegais.
Na última segunda, Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador, também sofreu privação de liberdade por fatos levantados na Sodoma. Ele agiria a mando do Silval para identificar aliados e arrecadar dinheiro, cumprindo, segundo o MInistério Público, o interesse de uma organização criminosa que saqueou os cofres públicos durante anos em Mato Grosso.
O caso
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas pelos crimes de fraude em licitação, fraude processual, lavagem de dinheiro e crime contra a administração pública. Entre os denunciados estão o ex-governador SIlval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães.
São denunciados, ainda, Marcel Souza de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingues, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira,Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.
A denúncia foi proposta pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, no dia 12 de abril.